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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Lábios de Carmim. Entrega Total. Capitulo 11.

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O casal de pombinhos estava mais feliz do que nunca. Martha Kent transbordou de felicidade ao ouvir dos dois que estavam juntos. Lois e Clark retornaram à fazenda Kent depois de uma longa manhã em Metrópolis. Chloe chegou com Jimmy dando a notícia de que fora contratada pelo The New York Times, o que gerou uma comemoração regada a champanhe e um almoço especial preparado pela futura Senadora do estado do Kansas. Enquanto Lois ajudava Martha Kent com o almoço, o último filho de Krypton aproveitou para contar o que pretendia fazer a Sullivan.
–Lois Joane Lane, você quer se casar comigo? –Pediu Kal-El pegando todos de surpresa, exceto sua melhor amiga.

Lois contou de um até dez para ver se realmente seus pés estavam na terra, refletiu para ter certeza se tudo aquilo não passava de um sonho ou se era um fato, suas pernas tremiam até que o mundo se partiu em dois, no momento exato em que os olhos de Clark Kent se cravaram nos olhos cor esmeralda dela esperando por uma resposta e então ela entendeu que era real. Estava defronte ao amor sem controlar seus sentimentos e não tinha palavras para descrever e o coração estava preso a ele da cabeça aos pés. Um furacão que remexia toda a extensão do seu corpo, que a sacudia enquanto olhava o seu sorriso bobo. Havia tanta beleza diante dela, que a jovem chegou a ter o pensamento torpe de que se tratava não de um superboy, mas de um anjo disfarçado de sua outra metade.
–Sim, eu aceito, Smallville. –Conseguiu formular a resposta com um imenso sorriso no rosto. Os outros que estavam sendo testemunhas daquela proposta bateram palmas. A energia do lugar se transformou completamente, era possível sentir a felicidade que emanava de cada um daqueles indivíduos ali presentes. Clark sentia que já não era mais um estranho tentando se adaptar a mundos diferentes, porque ele pertencia ao mundo de Lois e vice-versa. Ela se tornou o seu mundo, o seu lar. Almoçaram e logo se despediram.
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MANSÃO DOS LUTHOR
Há poucos quilômetros da Fazenda Kent, Lex Luthor dialogava com um dos seus “cães” fieis. A solidão era maior que antes, talvez por isso tivesse uma mente tão perturbada. Culpava Clark Kent pela morte de sua esposa e por nunca ter a chance de provar do amor de Lionel Luthor, ele estava sempre interessado nos negócios ou em um “Viajante”. As descobertas já eram imagináveis, sua mente parecia concordar com o fato de Clark ser bem mais do que dizia, ele sumia e aparecia nos lugares de forma inesperada. Tinha uma energia invejável e fazia salvamentos que nenhum outro homem sequer ousava, como da vez que salvou o próprio magnata da morte certa. Lex ia desmascarar Clark Kent, disso estava seguro e era o que mais desejava desde que fez Lang contar tudo o que sabia. Havia matado para desvendar o “Mistério”. O milionário estava absorto sem seus pensamentos quando o homem de terno e gravata escuros surgiu na sala e rompeu o silêncio...
–Não pode mudar o mundo de olhos fechados. –Afirmou o mais novo serviçal, que agora persuadia o bilionário que tinha sede de vingança.
–Não se preocupe, os Luthors são líderes e não se intimidam diante dos desafios. –Respondeu tomando um pouco de seu uísque.
–Por isso foi o escolhido, Senhor Luthor. Seus sacrifícios serão lembrados e valorizados pela humanidade. –Declarou com um olhar ganancioso e um sorriso de boca fechada. Caminhou até o corpo inerte que jazia no chão, ajoelhou-se e tocou-lhe o pulso para se certificar de que estava sem vida. Sorriu com os olhos, estava satisfeito pelo trabalho daquele humano sombrio e narcisista. Em breve seu mestre não teria com o que se preocupar, o viajante seria morto caso não decidisse ficar do lado certo e então reconstruiriam um novo mundo.
–Não se faz um omelete sem quebrar alguns ovos. –Afirmou se aproximando de Lang e passando a mão no cabelo longo, liso e macio da mulher. Prepare tudo! –Ordenou ainda com o olhar vidrado no corpo daquela que pensava amar, mas o amor não entra em corações fechados ou em almas sombrias. O seu servo fez algumas ligações, precisava justificar a morte da mestiça e preparar uma cerimônia particular. Lana e a Fundação Ísis haviam sido de grande utilidade, mas não podia perdoar a traição da ex namorada de adolescência de Kent.

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Martha Kent passou a ajudar Lois nos preparativos do casamento, estavam radiantes apesar de Clark ter sofrido um grande impacto com a morte de Lana Lang, não era por ainda amá-la, mas pelo que um dia ela representou. Às vezes, mesmo que alguém nos machuque da pior forma possível, ainda somos capazes de querer bem a esta pessoa e esse era o caso, ele desejava que mesmo diante das escolhas erradas da mestiça que ela fosse feliz. Chloe e Jimmy estavam empenhados assim como Martha e Lois na preparação do casamento, eles eram os padrinhos. A festa seria no celeiro dos Kent a pedido de Clark.

FAZENDA KENT (3 MESES DEPOIS)

Lois estava eufórica. A ansiedade do casal estava à mil. A primogênita de Sam tinha acabado de falar com o pai e como era de se imaginar estava nervosa depois das inúmeras perguntas do General. Pai e filham pareciam mais estar duelando ao invés de debatendo aonde o militar iria ficar durante sua visita à cidade. Quando terminaram a conversa foi a vez de Lane discutir com a moça da floricultura. Ao desligar, a loirinha foi até o quarto onde CK estava instalando a nova TV na parede.
–Eu não sei o que fazer com você. Escolher girassóis para decorar o celeiro, sério? É pior do que ver Caetano Veloso dançando funk. –Falou fazendo-o parar o serviço e encará-la.
–Não sou bom com decorações e dizem que o girassol é uma flor simbólica que significa fama, sucesso, sorte e felicidade. –Respondeu com um sorriso ingênuo e encalistrado.
–Vai com calma, garotão. Felicidade é um estado de espírito que vez ou outra nos abandona e quanto ao restante, sei que vamos tirar de letra, afinal, você e eu vamos trabalhar em um dos jornais mais famosos do estado do Kansas. –Racionalizou com um risinho triunfante. Há semanas a filha do General havia convencido Clark Kent a se inscrever como estagiário no Planeta Diário, jornal famoso e localizado em Metrópolis (Chloe trabalhava nele até conseguir uma chance no The New York Times).
–Sobre isso, não sei se irão nos aceitar, lembre-se que em breve estaremos casados e que eu sequer comecei a faculdade. –Contestou envergonhado.
–É claro que vão, cadê o seu lado “Gandhi”, Clark? Sabe, não que eu dê muita crença a essas coisas, mas o pensamento ajuda para que as coisas se concretizem.
–Não sabia que andava lendo Gandhi e Paulo Coelho. Rsrs. –Disse brincalhão e fazendo-a ruborizar.
–As pessoas sempre vão te surpreender, Smallville. –Contestou encarando-o com aquele olhar jovial e lascivo. Ele a puxou pelos ombros colando seu rosto no dela, sentindo a sua respiração, depositou um beijo longo e apaixonado em seus lábios. Os dois sorriram entre o beijo e se separaram. Adoraria ficar aqui com você, mas eu tenho que ir até a cidade. –Explicou e ele seguiu com um jogo provocante.

Clark puxou Lois pelo punho e sentiu seu corpo colado no dele. Depositou alguns beijos cálidos naquele pescoço que cheirava a jasmim e subiu até a mandíbula da mulher de forma sensual.

–Clark?! –Protestou, tinha mesmo que ir a cidade. Lois sentia que precisava ver Oliver e conversar com ele. Mas as carícias do seu noivo eram tentadoras demais.

A voz rouca de Lois se perdeu no ar. CK ficou diante de Lane e lhe arrancou a roupa em um movimento rápido fazendo-a rir com tal precipitação. Ela desceu sua mão ate a calça de Kent e tateou o volume, em seguida subiu sua mão pequena e suave para explorar por dentro da cueca masculina. Massageou o membro dele e depois de alguns minutos ajudou-o a livrar-se de toda a roupa. A repórter sentia o volume daquele corpo sarado e forte roçar entre as suas pernas. Irresistível.

–Preciso de você. -Confessou com um sorriso pícaro e uma respiração agitada. Não era do tipo de homem atirado ou safado, mas Lois o fazia perder toda e qualquer timidez.

Kal-El não pensou duas vezes, agachou-se e se acercou a feminilidade de Lane, roçou sua língua por seus lábios antes de beijar avidamente a intimidade da loirinha que já começava a se excitar com o toque do seu amante e futuro esposo. Ela exalou um longo gemido de prazer ao sentir as carícias de Kal-El. Este último lambeu de cima a baixo, se detendo no clitóris da mulher. Enquanto ela se agarrava a nunca dele e friccionava a cabeça dele entre as pernas. Escutar Lois gemer o deixava louco de desejo e podia sentir sua excitação crescer. O jovem fundiu profundamente sua língua na intimidade da mulher e a moveu de maneira circular.

–Ah, continua, garotão, não pára!

Excitado diante das palavras de animo da sua companheira, CK introduziu seu membro e começou em um movimento de dentro para fora, lento. Lois sentia como o orgasmo a invadia desde o fundo da sua alma, era doce e intenso. A loira não pode evitar gemer e se arqueou sobre o membro ereto do homem. Ela terminou descendo da sua nuvem de maneira nostálgica enquanto Clark se deliciava com as suas expressões, o seu toque leve e sensual. Os corpos estavam conectados, presos um ao outro quando Kent finalmente chegou ao clímax. Depois de fazer amor, Clark deitou-se com Lois na cama que em breve compartilhariam, os dois trocaram um beijo doce, quefoi cortado por um pedido de socorro. Compreendendo a feição de preocupação e frustração do homem, Lois se pronunciou...
–Vai lá salvar o mundo, Smallville. –Declarou com uma expressão de orgulho no rosto, que ele correspondeu com um sorriso e um beijo antes de ir embora. Faltava apenas um dia para que fossem marido e mulher. Antes dela estava Clark, sentia em seu peito que jamais se arrependerá de amá-lo. Quando podia abraçá-lo, olhá-lo, beijá-lo, tocá-lo e vê-lo sorrir sentia que era feliz.

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Oliver decidiu se calar quando descobriu o romance entre Clark e Lois. Julgava-se por seu erro com ela, mas devia aceitar que tudo havia acabado embora nunca tenham dado realmente um ponto final, ou melhor, ele não havia dito o seu "adeus". Lois sem pensar duas vezes o chamou para ser seu padrinho com Dinah e este aceitou. Era uma forma de estar perto dela. Queen sabia que não podia continuar chorando por Lane, que não podia culpá-la por seguir em frente. Sentia-se impotente por não haver sabido amá-la, por perdê-la e por não poder arrancá-la do seu coração. Passou a ignorar CK, afinal, ele havia roubado a mulher da sua vida. Sua rotina já não era salvar o dia ou as pessoas de si mesmas, mas “festejar” pelos diversos bares e lugares do mundo. Já era noite e havia finalmente colocado os pés novamente em Pequenópolis quando foi surpreendido por Clark.
–Soube que se associou à LuthorCorp?!
–Boa noite, para você também Clark. Não sabia que tinha que dar explicações a você ou qualquer outra pessoa a respeito do que eu faço ou deixo de fazer com a minha vida e fortuna.
–Sabe que não é isso! –Protestou indignado com o tom denodado do amigo.
–Então o que é Clark? –Indagou em um misto de curiosidade e deboche.
–Você está diferente, parece ter se perdido de si mesmo. Onde está o Oliver que eu conheci?
–Se tem uma coisa que eu aprendi, é que não se pode conhecer ninguém de verdade nessa vida, Clark. Ainda que seja como você diz, acho que todos nós temos o direito de mudar. –Contestou esboçando um sorriso fechado e uma aparente tranqüilidade.
–Não sei o que está acontecendo, mas sabe que pode contar comigo para o que precisar, Oliver.  
–Não se preocupe comigo, Clark. É melhor ir se preparar para o seu casamento amanhã. –Sugeriu em um tom seco. Nesse instante um nó se formou na garganta do arqueiro loiro e de barba rala. Não queria sentir-se daquela maneira, mas há certas situações em que o cérebro não funciona corretamente e o coração comanda.
–Se cuida! –Disse antes de sair.
–Você também. –Respondeu cabisbaixo com um copo de uísque em mãos.

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Já passava da “meia noite” quando um ansioso Clark Kent retornou à fazenda, tomou banho e caiu no sofá da sala. Mas antes de se acostar o rapaz foi ao quarto de sua amada para se certificar de que ela estava bem. A loirinha estava adormecida e parecia um anjo dormindo. Ele sorriu ao pensar em como as coisas haviam mudado, como ela se tornou parte dele. Ele era um ser diferente dela e ainda assim ela o aceitava, o respeitava e admirava tal qual ele era. O jovem alto, de sorriso jovial e humildade invejável acabou agarrando num sono profundo.
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MANHÃ SEGUINTE
Lois e Clark estavam diante de todos os amigos e demais convidados no celeiro. O lugar estava decorado com rosas brancas e uma iluminação especial. Os recém casados estavam radiantes recebendo as palmas dos amigos, enquanto partiam o famoso bolo de casamento. A mais nova senhora Kent tinha a mão trêmula diante da emoção evocada pelo acontecimento que unira ela a Clark pelo resto de suas vidas. O moreno por sua vez sorriu bobo para ela e segurou forte a mão feminina para lhe transmitir apoio e segurança.

–Não vai mais poder imitar “UMA NOIVA EM FUGA”. Rsrs. –Brincou Clark enquanto a platéia começava a pedir um “beijo” entre o casal.
–É que você é bem mais bonito que o Richard Gere, Smallville, então, é mais interessante fugirmos juntos. –Declarou marota mordendo o lábio inferior antes de beijá-lo a pedido de todos ali presentes.
–É hora de dançar! –Avisou a madrinha (Chloe) capturando a atenção de todos, neste momento o casal começa a valsa. Lane vestia um vestido vermelho paixão na altura do joelho, um tomara que caia que realçou seu corpo curvilíneo e um sapato prateado de bico fino deu um toque sofisticado e jovial. A filha de Sam Lane estava com a cabeça recostada no ombro do seu parceiro quando sentiu um leve toque em sua espalda, era uma mão gélida, de pele grossa, provavelmente de um homem. Quando o casal Kent fixou sua atenção na figura masculina um enorme sorriso emergiu no rosto de Lois.
–Acho que o padrinho merece uma dança?! –Falou com seu olhar vidrado na mulher que olhou para Kal-El e recebeu um gesto de “sim”.
–Ei, Clark, a madrinha também merece uma dança! –Declarou risonha ao se separar de Olsen e caminhar até o amigo.
–Só espero não pisar no seu pé. –Disse puxando-a para o baile sem deixar de observar por alguns minutos sua mulher e o seu amigo há alguns metros de distância. Sorriu aliviado ao ver que Oliver parecia ter voltado a ser o mesmo de antes.
–O Senhor Destino disse que você é a chave para que ele se torne o herói que Jor-El sempre sonhou. –Declarou sob o olhar confuso de da repórter. Mas não se pode abrir uma fechadura se a chave for extraviada. –Completou com um sorriso malicioso que fez a mulher arregalar os olhos. O pânico tomou posse do corpo feminino quando os olhos de seu ex-namorado e agora amigo ficaram negros.
–Oh Meu Deus! –Sussurrou uma Lois assustada. Oliver não esperou nenhuma outra reação de Lane, o medo nos olhos daquela versão de “Eva” o fascinou. Sua mente formulava gritos, expressões de socorro, mas sua boca não pronunciava nenhuma oração. A jovem estava definitivamente com o coração na boca. Não teve mais, uma vez que não havia conseguido corromper aquela alma, Oliver a feriu mortalmente com uma adaga. Clark que havia fixado sua atenção na expressão confusa da esposa acabou assistindo ela cair de joelhos no chão do celeiro. Oliver soltou um sorriso de boca fechada e deu alguns passos até a saída.O kryptoniano não pensou duas vezes, correu e se aproximou para ver o que estava acontecendo.
–Lois?! –Gritaram Chloe e Clark em uníssono.
–Cl-a-r-k. –Sussurrou com dificuldade. Suas mãos tocavam o ventre que estava ensangüentado e ainda com a adaga cravada nele.
–Lois, vou tirar você daqui. –Falou aterrorizado pelo medo de perdê-la. Ela estava padecendo diante dele. Pensou em levá-la para um hospital o mais rápido possível e não lhe importava que todos descobrissem o seu segredo, tinha que salvá-la, mas os segundos que transcorreram foram inesperados e decisivos. Seus olhos estavam cristalinos denotando as lágrimas que começavam a embaçar sua visão.
–Eu te amo!–Sussurrou estas últimas palavras antes de fechar os olhos. Desmontou-se. Kent respirava de forma descompassada. O sangue ao mesmo tempo em que fervia parecia que iria faltar a qualquer momento e então ele padeceria assim como Lois.

–Não! –Bradou Sullivan elevando a mão à boca. Estava em choque. Jimmy a abraçou por trás, estava com os olhos fixos naquela imagem trágica. 

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