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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Lábios de Carmim. Fortaleza. Capitulo 10.

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–O que pensa que está fazendo, Clark? –Protestou ao ser colocada em terra firme.

–Estou tentando fazer com que me ouça, Lois. –Explicou e suas bochechas coraram diante do valor que tomou para responder e ousar tirá-la do apartamento de Oliver daquele jeito.

–E o que quer dizer que eu já não saiba, Smallville? –Indaga observando pela primeira vez o lugar no qual se encontravam. Era puro gelo, como se estivessem no Ártico. Espera, Ártico? (Pensou)

–Que eu quero estar perto de você, não posso estar naquela fazenda sem ter você me enchendo o tempo todo. É sem graça! –Declarou enrubescido e com olhar de “cachorrinho” manhoso.

–Se quer diversão é melhor procurar um picadeiro, Clark. –Falou num tom seco, porém com um sorriso amarelo no rosto.

–Não foi isso que eu quis dizer! –Aclarou indignado. Era incrível como aquela mulher era teimosa e orgulhosa. Ao mesmo tempo em que isso o fascinava, o irritava.

–Então aprenda a se expressar. Por que não está gastando o seu tempo com o “amor da sua vida”, com Lana, afinal você nunca supera o fato de não terem o final “felizes para sempre” da Disney, não é mesmo?

–A gente supera a partir do momento em que descobre o que merece e eu mereço você, Lois Lane. –Disparou deixando-a embasbacada. Em um ato reflexo Lois abraçou o próprio corpo já que estava fazendo bastante frio na Fortaleza da Solidão e gentilmente Clark providenciou um casaco felpudo e vermelho para Lane que sussurrou uma palavra de agradecimento com um olhar interrogativo e ele continuou. Amo-te porque você mudou a minha vida, me fez ser melhor e deu um rumo ao meu coração. –Nesse momento Lois o puxa e responde com um apaixonado beijo que passa a esquentar todo o seu corpo e abrandar todos os seus medos.

E nesse instante ela volta atrás. Ele a convence com aquele olhar cristalino e azul. Doce. Enamorado. Sua atitude a pega de jeito. E a filha de Sam lembra que ninguém beija como ele, ninguém abraça como ele, ninguém olha como ele, ninguém ri como ele, ninguém seduz como ele, ninguém tem a pegada dele, ninguém nunca a enlouqueceu como ele. E resignada ela sai do da sua ilha de isolamento e admite que ele é o homem da sua vida. Afinal, ele assim como ela já sofreu tanto por amor, se envolveu tanto, se ferrou tanto ao se entregar por inteiro. E nesse instante um pensamento ilumina o rosto de Lane: “Meu Deus, finalmente tem uma coisa muito boa esperando por mim”. Afinal, ninguém sofre tanto com um cupido desengonçado, destruidor e descuidado sem uma boa recompensa no final. Eles já passaram por tanta coisa juntos e talvez realmente mereçam esse final feliz. Os dois se separam por uma fração de segundos, tempo suficiente para a jovem Lane racionalizar e dizer um “Chega pra lá” ou um “Fica comigo” ao caipira e ela o faz...

–Eu também te amo, Smallville!

Lois abraçou Clark e sentiu o calor do seu corpo. A paixão tornou-se uma espécie de clima que sustentava seus corpos naquele mundaréu de gelo detalhadamente desenhado, aquilo fazia bem a libido do par. Estavam sedentos há muito tempo um do outro e por incrível que pareça Lois Lane se enrubesceu diante dos pensamentos que tinha em mente ao ver os lábios grossos, rosados e carnudos do kryptoniano. Sua admiração só aumentava ao imaginá-lo salvando pessoas ou usando seus poderes. Quando foi traída por si mesma e deparou-se com a velha imagem do dia em que conheceu o seu "amigo", Lane mordiscou o lábio inferior e Clark se esbanjou com aquela visão atraente da mulher. Em segundos haviam se transportado para outro lugar, estavam no banheiro, era como se seus pensamentos estivessem sincronizados.

–Parece que tem o poder de ler pensamentos, garotão. -Sussurrou marota no pé do ouvido dele, finalizando a frase com um beijo quente e úmido. Ela foi correspondida e ele a encostou na parede, arrancando a blusa e o jeans com uma rapidez sobre humana que a excitou. Suas mãos percorriam de forma rápida e prazerosa todo o corpo da irmã de Lucy. Nesse instante, ela lembrou do dia do noivado e da forma como os dois se unificaram. Bendito seja aquele batom carmim (pensou). Mas agora não precisava dele, agora estavam sãos e iriam concretizar o amor naquele ato, o que para alguns é um pecado capital. Lúxuria. Dane-se, todos tem que fazer algumas loucuras de vez em quando, para sentira vida pulsando em seus corpos.
O recatado filho dos Kent arrancou a blusa de Oliver que a cobria e a jovem viu seus olhos brilharem como duas bolinhas de gude ao se depararem com os seus seios. Enquanto massageava a nuca e mordiscava aquele pescoço gostoso, Clark brincava com os peitos da figura feminina. A pele quente e macia dele na boca da mulher a deixava em êxtase, ele estava bastante excitado tão ou mais do que ela. Sem pensar duas vezes, Lois o empurrou e se ajoelhou, apertou as nádegas masculinas e lambeu o membro do jovem Kent que gemeu despreocupado com o fato de sua mãe poder ouvir tal coisa, na verdade isso tornava as coisas ainda mais interessantes, o "perigo da descoberta" era sempre um afrodisíaco quando se tratava de sexo e isso ele estava aprendendo agora.

Depois de alguns minutos sugando como se aquele pedaço de carne fosse um delicioso picolé de chocolate, Clark a puxou pelo cabeço, estava sedento e seu instinto masculino aflorava cada vez mais. O último filho de Krypton pegou Lois e a sentou na pia do banheiro, ela entrelaçou suas pernas no quadril do homem que agora a devorava com a boca e deixava marcas vermelhas em seu pescoço. Lois tinha suas mãos ombros de Kent agora, ele estava centrado entre os seios da mulher e massageava seu clitóris. Sem pudor e ao ver Lane entre gemidos e fogosa, o rapaz introduziu seu dedo na intimidade dela fazendo-a urrar e queimar de desejo. O suor já lavava os corpos dos dois quando ele ousou se colocar entre as pernas da mulher e fazer algumas "brincadeiras". Kal começou lambendo a feminilidade de Lane, jogava espertamente com a sua língua dentro da mulher e depois como golpe final, passou a sugar o clitóris de Lane, fazendo-a tremer e gemer.

–Ah... Smallville... -Vociferou.

–Lois! -Sussurrou.

Uma vez que sentiu a umidade de Lane banhar seus dedos, Clark decidiu penetrá-la e baixou-a da pia. Começou delicado e diante do olhar permissivo daquela que estava disposto a amar por toda uma vida ele acelerou suas investidas. Sorriam e trocavam olhares cúmplices. Espasmos invadiam seus corpos com bastante freqüência até que Chegaram ao clímax. As pernas de Lois estavam bambas, seu corpo invadido pelo de CK clamava para que não se separassem, uma energia a arrepiou no instante em que culminaram o ato e trocaram um beijo sutil e apaixonado. Sem delongas, o filho de Jor-El levou Lois para o seu quarto para descansar. Martha parecia não estar em casa e isso pouco importava. O silêncio, aquela instante vivido, era como uma bela música para os seus ouvidos e aquela imagem de Lois abraçada com ele na cama, o deixava feliz, o fazia se sentir pela primeira vez que era parte do planeta terra. Ela o satisfazia e mais que isso, o amava. Clark sorriu bobo...

–Do que está rindo, Smallville? –Perguntou curiosa franzindo a testa. Estava com a mão recosta no peitoral dele e suas pernas entrelaçadas nas dele.


–Estou rindo porque estou feliz e descobri que é de você que preciso para levantar todos os dias. Você é o meu alimento, a minha alegria e tudo o que eu preciso parar me tornar o herói que todos precisam. –Confessou nostálgico deixando Lois emocionada. O universo havia escrito que eles eram um para o outro e Clark a amava mais a cada carícia, gesto e olhar. Os dois permaneceram abraçados até que Lois adormeceu nos braços fortes e cálidos do seu homem, futuro companheiro e melhor amigo.
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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Lábios de Carmim. Decisão. Capitulo 9.

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—O que quer dizer com isso, Clark? –Pergunta já sabendo a resposta. Na verdade ele estava diferente, mais maduro embora tivesse o mesmo estilo e a mesma compreensão de sempre.

—Nós dois não fomos feitos para ficar juntos, Lana. –

—Clark?! –Sussurrou

—Adeus, espero que seja feliz com o Lex. –Declarou antes de sumir com sua supervelocidade. Não estava preocupado com o fato de ela saber o se segredo, cedo ou tarde todos saberiam e por mais que a mestiça não fosse ingênua e fiel como pensava, no fundo sentia que ela guardaria o seu segredo e torcia por isso, caso ela não o fizesse no momento certo ele iria intervir. Agora só tinha uma coisa na sua mente, ou melhor, uma pessoa.

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FAZENDA KENT


Clark chegou apressado, estava ansioso para ver Lois, precisava contar a ela o que havia acontecido e dizer o que estava sentindo. O filho adotivo de Martha e Jonathan Kent a buscou na cozinha e em seguida no seu antigo quarto, que Lois tomou desde que chegou à cidade. Sua tristeza foi notável quando não encontrou nenhum vestígio do “furacão Lane”.

—Ela se foi, querido. –Informou a senhora ruiva. Ele abaixou a cabeça e recebeu um abraço da sua mãe. O jovem focou no lugar vazio do sofá aonde Lois costumava ficar assistindo e resmungando com os caras do MMA. Ela não estava lá. Pior ainda: ele a fez ir embora. E ele ali estava. Apaixonado, com o coração latente doendo, esperando que no fundo ela pudesse retornar. Passou cerca de meia hora rondando pela casa e então se deu conta do lugar vazio da mesa, da cama, do planeta, não agüentaria mais um minuto sem ela. Aquele silêncio era tortura, infelicidade e uma conseqüência dura de enfrentar.

Seu cérebro reclamava quando ele não dizia seu nome e isso era só porque ele só se sentia bem quando o estava dizendo o tempo todo. Agora entendia tudo. Seu cérebro martelava o som das suas reclamações, das indagações e imprimia tanto Lois Lane que isso era necessário pra Clark Kent existir. Quando ele fingia não escutá-la, estava ouvindo sua voz e tentando dar conta de gostar de uma mulher tão diferente, tão inspiradora e espetacular.  Mas agora, seu espírito grita para continuar. E o kryptoniano não consegue usar a velha filosofia de "deixar ir embora" porque seria dar vida ao ser derrotado que ele não quer se tornar. Porque seria arriscar uma ida sem volta e isso é demais até para um homem com superpoderes agüentar. Kal-El estufou o peito e decidiu arriscar, ela não poderia estar tão longe e se estiver a encontrará. O filho de Jor-El saiu à procura da sua felicidade, deixando Martha Kent orgulhosa e ao mesmo tempo preocupada por o que ele podia encontrar. Afinal, o amor é sempre tão complicado.

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—Dado que a senhorita vai ficar comigo, vou providenciar algumas coisas. Rsrs. –Avisou Queen com um sorriso amistoso.

—Ollie?! –Responde grata ao homem que estava dirigindo o seu porsche amarelo. Uma chuva fina caia limpando o vidro do carro e as ruas de Pequenópolis. O veículo finalmente estacionou e Oliver saiu primeiro para abrir a porta do carro para Lane. Em poucos minutos o homem estava com sua jaqueta empapada com os pingos da chuva. Lois logo teve aquelas gotas salgadas do dilúvio penetrando em sua boca, encharcando seu cabelo e sua roupa. Queria que pudesse lavar sua alma, mas era um desejo insólito e impossível. Estava tão distraída que não viu a pequena elevação ente o meio fio e a calçada, não fosse pelo homem que estava ao seu lado teria levado uma bela queda e então seriam joelhos e coração machucados. O herdeiro das indústrias Queen a segurou e ajudou a se recompor, ficaram a poucos centímetros de distância. Ele sorriu meigo e recebeu outro sorriso um pouco introspectivo como resposta.

—Está precisando voltar a se exercitar, pernas. –Brincou tentando amenizar aquele clima. Tê-la em seus braços era tentador e não beijá-la era um sacrifício que exigia muitos valores.

—Pois é, faz tempo que o meu professor me deixou na mão. –Retrucou encarando-o desengonçada nos braços dele e cheia de humor.

—Seu professor é um tolo, mas ele vai se redimir. –Contesta com olhar enamorado.

—Acho melhor nós entrarmos, não sou lavoura! –Declarou e quase cortou o clima, mas o milionário foi mais esperto e debaixo daquele toró a beijou. Sentia a maciez dos lábios molhados dele tocar sua boca, eram tentadores e ao seu gosto. Tinham sabor de hortelã e um toque de desejo, talvez até esperança, paz. A chuva ia cessando pouco a pouco. Lois acabou interrompendo o beijo e desconcertada deu o pontapé inicial para entrar no edifício, sendo seguida pelo homem.

—Acho que um bom banho agora vem a calhar. –Falou com seu tom bem humorado de sempre, rompendo aquele silêncio incomodo que havia se instalado no ar. Lois assentiu com a cabeça que sim.

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Clark havia percorrido todo o trajeto que Lane faria e nada. O filho dos Kent se perguntou repetidas vezes como a filha de Sam Lane podia ser tão ágil e em um sorriso abobalhado concluiu que era “Lois Lane” afinal. Quando o jovem se deu conta já estava no Talon e desta vez deu com a cara na porta, Chloe havia saído. Insatisfeito ligou para a amiga e só dava caixa postal, sua preocupação só aumentou. Sem se dar por vencido lhe veio um nome à cabeça e então rumou ao encontro da pessoa que podia lhe ajudar.

—Você e a sua mania de fazer uma bela anunciação de chegada. –Disparou Oliver ao ver Clark Kent em seu apartamento o encarando.

—Não tenho tempo para apresentações, a L...

—Clark?! –Chamou a loira que tinha vontade de sumir.


O kryptoniano ficou boquiaberto, eles haviam recém saído do banho, era notável. E para piorar tudo SUA garota estava com uma blusa pólo branca do homem e nada mais. Talvez de calcinha, mas não dava pra ter certeza. O superboy sentiu seu sangue ferver e certamente seu rosto que tinha uma feição dura o delatava agora. Descarado o loiro aguado (pensava CK) apenas soltava um meio sorriso, provavelmente estaria rindo da cara dele ou de satisfação. As janelas killers da mente de Kent entraram em ação e imediatamente jogaram-lhe imagens de Lana lhe traindo com Lex, em seguida, e para finalizar de Lois fazendo amor com o Arqueiro.

—Estávamos preocupados com você. Você saiu sem nem ao menos se despedir... –Falou entre dentes. Estava transbordando de ciúmes por dentro. Lois se aproximou deixando-o atontado com suas pernas descobertas e bem sedutoras...

—Sabe como é, Clark, costumo dar as pessoas o mesmo tratamento que elas me dão.

—Pois é, acho que haverá um samba em Marte no dia em que Lois Lane se deixe manipular por pessoas imaturas. –Provocou Oliver, que se aproximou de Lois e sustentou seu braço nos ombros da mulher que lhe dirigiu um olhar atravessado.

—Você (Lois) e eu precisamos conversar. –Disse em um tom apelativo, queria que Queen saísse e os deixasse a sós, mas parecia uma missão impossível.

Qual é, Clark, não to a fim de ouvir sobre a montanha russa “Lana e Clark”, seu futuro já está escrito bem na sua frente. Você vai para a faculdade da cidade, fazer Zootecnia ou agronomia, com segunda opção em homem da lei, e então, você e Lana vão ter um belo casamento na igrejinha mais próxima da cidade ou talvez na única. Está escrito nas estrelas e você meio que sabe. É só uma questão de tempo antes de você entrar para o campeonato de boliche, assumir a fazenda e daí, bem, você e Lana podem trazer o pequeno Clark Jr. ao mundo. –Disparou antes que Oliver os deixasse sozinhos e se convertesse em uma completa idiota, não ia voltar a acreditar em uma relação com aquele cara magnânimo, não podia, tinha que ser forte e não se deixar comover pela lábia do fazendeiro.


—Como pode ver ela está bem, Clark. Então, já pode voltar para casa, tranqüilo e satisfeito. –Sugere colocando as mãos no bolso do jeans. A vontade de CK é dar-lhe um soco no meio da cara, ao invés disso, o kryptoniano estufou o peito e agiu por impulso ao pegar Lois Lane e sumir com ela usando seus superpoderes.
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sábado, 19 de julho de 2014

Lábios de Carmim. Salvadora. Capitulo 8.

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—Não faz isso comigo, garotão?! –Sussurrou ao pé do ouvido dele. Determinada a jovem olhou para o ombro ferido de CK e decidiu agir como os soldados em meio à uma guerra, quando vêem um dos seus companheiros feridos.
—Lois?! –Disse Oliver tentando trazê-la a realidade. Não tinha fé que Clark retornasse, nunca o havia visto cair daquela forma ou ferir-se sem uma recuperação espontânea.
—Preciso de algo pontudo. Agora. –Exigiu bravamente.
—Toma. –Cedeu sentindo a emoção a mil daquela mulher. Nunca a vira tão amedrontada, tão vulnerável. A sua ex não lhe deu ouvidos, se apoderou de um canivete que ele lhe cedera e com cuidado fincou no ferimento de Kal-El, depois de uma série longa de tentativas e de segundos que a torturavam, a filha de Sam finalmente arrancou o objetivo que entrou indelicadamente no corpo do kryptoniano.
—Kryptonita... É uma bala de kryptonita. –Afirmou Queen, todavia este se encontrava chocado com a astúcia de Lex Luthor. Ele sabia a fraqueza de Clark. A figura feminina apenas olhou compassiva.
—Está morto?! –Falou em um tom dúbio. Não entendia de meteoritos, mas ao vê-lo ali inerte, pálido e sem respirar, seu coração procurou uma forma de não ser esmagado. Oliver a arqueou e puxou-a para um abraço, queria acalentá-la, abrandar seu sofrimento, mas sabia que não podia. Lois Lane caiu em um choro silencioso.
—Precisamos sair daqui, não demorará muito até as autoridades chegarem. –Explicou com a voz cortante.
—Lana... Ela está lá dentro. –Disse ainda com sua cabeça recostada no peito do Arqueiro.
—Está viva? –Indagou separando-a de si e tentando fazê-la focar em seu rosto.
—Eu não sei, Ollie. –Respondeu levando a mão à boca e perdendo-se no “nada”.
—Vou chamar os meus amigos para levarem você e o Clark daqui e cuidarei do resto. –Explica acariciando o rosto feminino para em seguida deixá-la e ir em direção ao Forte.

Por mais que detestasse Lex Luthor e que jurasse que Lana era sua cúmplice em tudo, Oliver não podia deixá-la abandonada embora merecesse apodrecer. Adentrou no galpão desocupado das forças armadas e viu a morena estirada no chão em uma poça de sangue. Enquanto isso do lado de fora Lois foi até o corpo do Luthor verificar se estava morto. A prima de Chloe se agachou e colocou a mão no pulso do careca, de repente sentiu seu punho ser atrapado por uma mão gelada. Seu coração parecia que ia sair pela boca, estava disparado. Seus olhos arregalaram-se como dois pratos fundos e assustada não conseguia formular nenhuma palavra.
—Eu venci! –Cochichou sádico e sem pensar duas vezes Lois lhe golpeou com um soco no rosto, deixando-o inconsciente novamente. Se antes sentia frio agora um enorme calor percorria o seu corpo tamanha era seu ódio por aquele homem. Sobravam motivos para matá-lo, mas não era capaz de tal atrocidade. Naquele momento era CK que a inspirava, queria poder trocar a sua vida pela dele, mas não podia. O odiava e o amava, o tinha em sua mente desesperadamente.
—Lois? –Chamou uma voz que a fez dar um pulo repentino. Um sorriso tímido brotou em seu rosto e a esperança tomou-a por inteiro. A mulher virou-se para se precatar de que aquela voz era real e vislumbrou-se com a imagem à sua frente. Em silêncio e em segredo se desmanchou seu coração, finalmente estava aberto e ela se jogou nos braços do último filho de Krypton.
—Nunca mais me dê um susto desses, Smallville! –Resmungou no ouvido dele que sorria com tamanha importância que tinha para ela. Um abraço apertado, meio atrapalhado e cheio de sentimento selou a forte ligação dos dois, sem importar a origem do homem, sem importar os obstáculos ou qualquer coisa, ela o aceitou tal e como é. Quando se separaram alguns centímetros, Clark podia sentir a respiração de Lane intercalar com a sua. O olhar doce do homem, seus lábios sedosos e convidativos encaixaram-se perfeitamente nos de Lois. Clark se entregou e pediu silenciosamente aos deuses que aquilo durasse, estava preenchendo o seu coração e fechando as portas do passado para viver o presente.
—Você me salvou, Lois. –Disse com ar de gratidão ao afastar-se.
—A verdade é que eu não saberia viver sem você, Smallville. Você me encheu de fé e qualquer mulher se sentiria feliz estando ao seu lado. Você me salvou, Clark! –Declarou com ternura e aos olhos do filho adotivo dos Kent, aquela mulher era perfeita. Abraçaram-se até que Oliver se aproximou com Lana nos braços...
—Lana?! –Balbuciou Kent atônito ao ver a cena.
—Ela ainda ta respirando. –Informou Green Arrow e entendendo o que tinha de fazer CK tomou a mulher em seus braços e saiu com ela.

—E você ta um trapo, precisa ir para casa, eu te levo. –Informou burlão à sua ex. Lane apenas assentiu com a cabeça, não queria pensar.
Oliver contatou Chloe e esta se encarregou de providenciar uma ambulância para transportar Lex Luthor. Emil um médico da equipe de heróis, contratado por Oliver Queen recebeu o milionário e o estabilizou sedando-o em seguida, para que com o retorno de Clark decidam o que farão com ele.

FAZENDA KENT
—Quer falar sobre o que aconteceu? –Perguntou Chloe preocupada com o silêncio da prima.
—Me perdoa prima, mas nem eu sei o que deu no Lex, aliás, acho que ele tem uma tara por mim. –Dissimulou com sarcasmo, mas estava perdida num mar de incertezas, que surgira quando Clark reagiu tão emotivo ao ver Lang quase morta nos braços de Oliver. Teria ele sentimentos por ela ainda?
—Precisa manter distância do Lex. - Aconselha Sullivan.
—Relaxa, Chloe, talvez o Luthor fique atrás das grades por um bom tempo, não esqueça que ele quase matou a Lana e me seqüestrou. –Aclara astuta e sorridente.
—Às vezes a justiça é submissa do poder, Lois. –Retruca inconformada.
—A não ser que seja em outro planeta, a vida não poupa ninguém, ou seja, cedo ou tarde cada um tem aquilo que merece. Com o Lex não vai ser diferente. –Pondera tomando o pote de sorvete da prima e abocanhando uma colher.
—É, bom, prima, eu vou nessa, só vou me despedir da Senhora K antes. –Exclama se levantando, dando um beijo na testa de LL e lhe dando as costas.
—Vai lá, Chlô, vai dar uns beijinhos no Jimbo. Rsrs. –Brinca enquanto cata outra colher de sorvete de chocolate. Chloe sorri e acena um “goodbye” para a prima marota.
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WATCHTOWER
—Como vai fazer agora que o Lex sabe o seu segredo? –Pergunta Oliver precavido.
—Não sei, tudo o que consigo pensar agora é na recuperação da Lana. Em como fiz mal a ela e ao próprio Lex. Se não estivesse aqui nada disso teria acontecido.
—A Lois foi seqüestrada, o seu maior inimigo descobriu o seu segredo e quase matou uma das pessoas que você diz amar e está preocupado com a biscate da Lana? –Retruca enfadado.
—Ela é uma pessoa importante para mim, não importa os erros que tenha cometido. –Contesta encarando com resignação o amigo.
—Você é um idiota, Clark! –Exclama antes de sair inconformado.

Clark estava confuso, por um lado tinha raiva de Lana por havê-lo traído com seu ex-amigo (Lex Luthor) e agora por se aliar a ele para fazer mal a Lois. Mas queria acreditar que a mulher ainda mantinha a pureza da adolescência em sua alma.
—Já pode levá-lo. –Informou Hamilton interrompendo o debate interno de Kal-EL.
—Vou ver o que Jor-El pode fazer.
Obrigado, Emil. –Diz sob o olhar neutro do homem.
—Boa sorte, Clark.

O último filho de Krypton levou Lex Luthor à Fortaleza da Solidão e chamou por seu pai...
—Bem vindo, Kal-El.
—Lex Luthor sabe sobre o meu segredo, ele machucou pessoas. Preciso que me ajude a detê-lo antes que faça algo que possa destruir a todos.
—Tudo o que está acontecendo é um fruto das suas escolhas, meu filho. Você mente para si mesmo e ignora a sua real força. Você não é um deles, Kal-El.
—Acha que não sei disso? Todos os dias eu sou lembrado de que não pertenço a este planeta. –Replica em um tom de amargura.
—Apagarei as lembranças do humano, mas lembre-se você é o seu maior inimigo, Meu filho.
Nesse momento uma luz forte contorna o corpo de Lex Luthor, Clark protege os olhos impulsivamente e alguns segundos depois a luz some assim como a voz de Jor-El. Vendo que estava feito, Clark leva Lex Luthor para a mansão e segue para o hospital para visitar Lana.
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—Que bom que está bem. –Diz o rapaz olhando para a mestiça deitada na cama de hospital.
—Graças a você. –Afirma olhando de forma doce para ele que fica sem jeito, abobalhado como um adolescente.
—Por que estava naquele Forte? –Indaga lhe dirigindo um olhar interrogativo.
—E-eu fui com Lex, eu não sei como, mas ele descobriu o seu segredo, Clark. Eu planejava te contar tudo, mas quando me dei conta já estava envolvida demais.
—Por que ele seqüestrou Lois?
—Desde o noivado ele vinha observando vocês dois em silêncio, deduziu que ela era a chave para desvendar o mistério...
—E me atrair. –Completou.
—Me perdoa? Eu nunca quis te fazer mal. Eu te amo, Clark!
—Se fosse assim jamais teria ficado com Lex e não teria envolvido Lois em nada disso, Lana. –Fala alterando um pouco a voz.
—Será que não percebe que fiz tudo isso para proteger você?! –Explica com ar de choro.
—Agradeço sua preocupação, mas sei me cuidar.
—Já se perguntou se está em seu destino ficar com a Lois? –Pergunta enciumada.
—Não, mas sei que está no meu destino tê-la em minha vida.
—Sei que podemos recomeçar, por favor?! 

—Às vezes, a única maneira de seguir adiante é esquecendo o passado.
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terça-feira, 8 de julho de 2014

Lábios de Carmim. Revelação. Capitulo 7.

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—Detesto quando o Clark faz isso.

—Eu também nunca me acostumei ao fato de ele sair e entrar em um piscar de olhos. Tinha que ver quando se irritava quando era pequena. –Revela a senhora K oferecendo uma xícara de chá a Chloe.
Clark havia varrido todo o estado do Kansas em busca de Lois Lane. Estava insatisfeito consigo mesmo por não havê-la encontrado, quando o nome de Oliver Queen surgiu na tela do seu celular. Antes mesmo que pudesse falar com o Arqueiro Verde, o jovem kryptoniano se dirigiu até o apartamento dele, ansiando que Lane tivesse sido encontrada.

—Oliver?!

—Clark, telefones foram feitos para uma eventual conversa quando duas pessoas estão longe. –Aclara afastando o celular do ouvido ao vê-lo se aproximar.

—Achei que Lois tivesse voltado?!

—Não, mas sei quem está com ela. –Revela com ar sombrio e Kal-El hesita um pouco antes de trazer à tona o carrasco de sua amiga.

—Lex? –Diz incrédulo.

—A Chloe conseguiu invadir as câmeras da LuthorCorp e descobriu que o Lex estava seguindo todos os seus passos e da Lois.

—Mas o que a Lois tem a ver comigo? –Questiona preocupado.

—Ele quer a sua cabeça, Clark. Sente raiva por Lionel te tratar como filho e por Lana ter te escolhido. –Elucida astuto.

—Lex está obcecado comigo. Não vou permitir que machuque a Lois ou qualquer um dos meus amigos. –Declara encabulado.

—Tudo o que temos é são umas iniciais, “FR-44”. –Disse confuso, não fazia idéia do que seria ou do que indicaria aquele jogo de letras e números.


DE VOLTA AO CATIVEIRO


—Vão sentir a minha falta e eu farei questão de denunciar você à mídia. –Ameaça arfante.

—Corajosa e ingênua.  Posso tapar a sua boca com algumas pás de terra, Lois Lane. –Ameaça malévolo. Nesse momento o temor faz a jovem se render ao choro silencioso. Lana estava em uma poça de sangue que o Luthor fez questão de mostrar. Ele abalaria as estruturas daquela mulher e caso não conseguisse o que queria, destruiria Clark Kent assim mesmo, ao seu modo e da forma mais dolorosa.

—Se tem uma coisa que aprendi é que um Luthor nunca suja as mãos de sangue. –Retruca afoita.

—Às vezes as pessoas nos surpreendem, Lois. –Declara arrastando-a até prendê-la entre o seu corpo e a parede.

—Você é um doente! –Fala com enojo, cuspindo na cara dele. O bilionário fricciona seu corpo contra o dela e coloca o cano da arma na cabeça da jovem, sádico ele passa a acariciá-la. Lois o empurra a fim de livrar-se daquelas mãos que lhe dão asco, mas ele é agressivo e a golpeia com a arma fazendo com que a filha de Sam fique desnorteada e fique com um corte no supercílio.

—Seja boazinha e eu saberei ser muito generoso. –Avisa segurando o queixo e fazendo-a mirá-lo. Satisfeito com a passividade da mulher, Lex a beija voraz na boca descendo pelo pescoço e indo em direção ao busto da mulher.

—Você é imundo! –Grita tateando a parede a fim de achar algum objeto para golpeá-lo. O homem se enfurece diante do atrevimento da prima de Chloe e a puxa pelo cabelo para fora do galpão. Ele a arrasta em direção a um dos carros estacionados.

—Socorro! –Grita exacerbada aos quatro ventos.

—Acredite, nada além das moscas irão escutá-la, senhorita Lane. –Fala se aproximando do seu capanga que abre a porta traseira do carro. De repente o segurança é lançado a poucos metros de distância deles dois. Lex sorri com malicia e Lois fica embasbacada com aquele feito surreal.

—Solte-a!  –Diz uma voz por trás do casal.

—Estava esperando que viesse salvar a princesa em perigo. –Declara com sarcasmo virando-se para encarar.

—Clark?! –Balbucia Lane surpresa e confundida. O Luthor astuto a puxa contra o seu corpo sob o olhar atento e furioso de CK.

—O que está fazendo, Lex? –Indaga, queria entender a razão pela qual ele estava agindo daquela forma.

—Garantindo que não haja mais segredos entre nós, Clark. –Replica perspicaz.

—Não há nenhum segredo e ainda que tivesse um, não tem porque envolver Lois nisso. –Argumentou inconformado e preocupado com o estado de sua amiga.

—Você é um peixe que está se afogando no seu próprio lago, Lois. –Adverte chateado com o fato do kryptoniano não admitir seu segredo. Lois aproveitou a distração que CK causara e golpeou Lex no estômago, correndo em direção a Clark quando o seu inimigo dispara um tiro ao mesmo tempo em que uma flecha é lançada.

—Lois! –Gritou Kal-El correndo com sua supervelocidade. O coração de Clark bateu lento, seu mundo havia parado ali. Por suas veias corria a respiração de Lois Lane. Ele se colocou diante da bala que vinha em direção às costas da jovem e esta atravessou o peito de Clark Kent. Lois que havia caído do lado esquerdo dele olhou incrédula aquela cápsula derrubar seu melhor amigo, ela arregalou seus olhos para ver o último filho de Krypton agonizar. Lex Luthor havia apagado com a flechada que sorrateiramente o G.A disparou em uma tentativa de livrar Lois Lane do seu agarre.

—Smallville?! –Exclamou desesperada e ele a olhou apático como se quisesse confessar algo.

—Eu...te.. amo... Lois. –Confessou como podia. As lágrimas não puderam ser contidas. Ela o tocava com amor e estava trêmula ao ouvir sua voz. Era Amargo o sabor daquela confissão, porque talvez fosse à última oração que ouviria dele. E Clark Kent cerrou os olhos. E Lois passou a lembrar de cada momento que viveram juntos e deixou-se vencer por sua emoções. Sua breve ausência era dor e temia que não pudesse lhe dizer o que havia guardado há tanto tempo. Queria se deixar levar com ele, então o abraçou como se assim ele pudesse respirar. Como se unindo seu corpo ao dele, ele fosse voltar.



CONTINUA
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