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sábado, 4 de outubro de 2014

Lábios de Carmim. Superman. Capitulo 13.

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—Não! –Murmurou.

Rezava para que algum dos heróis chegasse ali logo ou preferiria morrer, a ser possuída por aquele monstro asqueroso. Sentiu como sua bile subia queimando e arranhando sua garganta. Sorriu internamente e decidiu por pra fora o líquido esverdeado, este foi jorrado no homem. Ele fez apenas uma careta diabólica, entendia muito bem o que se passava na mente daquela mulher astuta e corajosa, não esperou, fez um gesto brusco obrigando-a a abrir as pernas e penetrou no corpo feminino. Lane gritou com a dor, sentia como se sua carne estivesse sendo rasgada com cada investida daquele ser. Seus pensamentos estavam somente em Clark. Ele era a sua única esperança e o que lhe dava forças para aguentar aquela tortura.

—Vejo que não consigo lhe converter, vou que matá-la. –Diz saindo de dentro dela e se vestindo.

Seu olhar obscuro e frio estava compenetrado naquele rosto que era belo, porém de uma reles humana. Ela tirou forças de onde não tinha e deferiu-lhe algumas tapas (inúteis), mas de repente sentiu uma rajada de vento e o sujeito estava apartado do seu corpo.

—Clark?! –Titubeou e o homem ficou chocado ao ver sua amada.

Sua maquiagem estava borrada, as bochechas estavam manchadas pelo lápis preto que antes delineava bem os seus olhos amendoados, e pelas lágrimas derramadas. Seu nariz estava vermelho pelo golpe que havia levado, seu sangue coagulado manchou até a parte inferior do queixo.

—Lois! –Exclamou saindo do choque em que se encontrava e a abraçou.

Ela queria gritar, mas apenas chorou. Um choro silencioso. Seu rosto estava agora apoiado no ombro largo do kryptoniano. Ele a sentiu. Ela estava tremendo e totalmente desprotegida. Desnuda e muito abalada, não era uma visão típica de Lois Lane. Ficaram abraçados por alguns minutos até Kara surgir por trás deles e o seu primo tomar uma decisão...

—A Kara vai levar você para casa. –Informou fixando seus olhos nos dela, que estranhou aquele novo tom das íris do garotão... Parecia haver escurecido mais, estavam com tom pesado e desconhecido.

—Não, eu não vou sem você, Clark! –Advertiu preocupada. A sobrinha de Jor-El se aproximou.

—Vá com a Lois, Kal-El, eu cuido da escuridão. –Sugeriu.

Kara podia ver a ira nos olhos de Clark Kent. Lane lançou um olhar suplicante que ele não notou, estava perdido na visão de Desaad que acaba de se reerguer.

—Tire a Lois daqui, vai! –Ordenou.

—Tudo bem, mas não caia no jogo deles, não se deixe persuadir pela escuridão, você é mais forte que isso, Kal-El.–Avisou antes de sumir dali com a amiga.

—Nunca mais vai ferir quem amo! –Bradou e viu um sorriso de deboche do servo de Darkseid.

—Escolheu bem a sua fêmea, Kal-El. Ela é deliciosa, passiva e muito feroz, mas satisfaz. –Comentou bazofiado. Viu a ira tomar posse do rapaz e dai para ele ser uma presa fácil era uma questão apenas de tempo.

Clark não conseguia suportar aquele soldado negro soltando impropérios e avançou para cima dele. Os dois fizeram do velho sótão um ringue e pouco a pouco foram destruindo. Pilares derrubados, paredes com grandes buracos depois de ser alvo equivocado deles. Nenhum dos dois cedia... E a cada minuto a alma do jovem Kent se perdia sem que ele percebesse.

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E como prometido Kara levou Lois para casa, sua nova casa como Senhora K. Ela estava com olhar vazio e imersa em seus pensamentos. A jovem kryptoniana não conseguiu decifrar, mas dada as circunstancias que a encontraram podia imaginar o que se passava na cabeça da jovem Senhora Kent. Sentiu como Lane pedia um desejo em silêncio, queria que Clark estivesse ali.

A filha de Sam Lane sentou-se na cama de casal, parecia estar em outro mundo. Sentia que era como um deserto, sem água, sem alimento para sobreviver. Aquele dia a fez entrar em um abismo, ou melhor, o amor fez. Já saía o sol, mas para aquela mulher, todavia não amanhecia, não havia água naquela fonte e tampouco brilho em sua alma. Queria ouvir a voz de CK a cada minuto, sempre e para sempre.

—Lois, graças a Deus você está bem! –Falou Chloe, que surgiu ansiosa no quarto.

—Preciso ir ajudar Kal-El, cuide dela?! –Pediu.

—Claro!

Kara sumiu e Sullivan abraçou a prima que estava imersa em seu mundo. Naquele instante a repórter recém contratada do Planeta Diário se levantou e se dirigiu até o banheiro. Precisava tirar os resquícios daquela tormenta que havia atravessado, precisava se sentir limpa novamente. Chloe apenas a observou enquanto se afastava, procurou uma roupa para a prima e chamou Hamilton.
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A guerra entre Clark e Desaad estava prestes a acabar ao menos fisicamente. O corpo daquele desgraçado estava todo ferido, e ainda assim ele sorria com malicia. Não suportando mais, Clark levantou o braço para deferir o último golpe. Iria matá-lo sem piedade. Precisava acabar com ele, era uma questão de honra e de lavar a alma. Pensava.

—Vou acabar com você pra sempre!

E golpeou-o tão forte quanto uma explosão galáctica. Libertando espécimes estranhas daquele hospedeiro, tão negras quanto a alma daquele soldado. De repente aquelas “coisas” fizeram um circulo no acima da cabeça do último filho de Krypton e se organizaram em uma linha reta. Iriam invadir aquele corpo humano. As pupilas do jovem Kent dilataram no mesmo instante. “Era isso”, sussurrou para si próprio. O sequestro de Lois, a tortura que lhe fizeram passar, a falta de poderes... Era um plano para corromper a sua alma e dominá-lo. Haviam conseguido concretizar tudo com êxito. Não ia ficar parado enquanto a escuridão o dominava, pensou em correr com sua supervelocidade, mas quando moveu os pés sentiu que seus poderes haviam sumido. Preocupou-se, mas milésimos de segundos antes daquela força do mal possuí-lo sentiu o ar ser liberado a sua volta e uma luz branca invadiu todo o lugar.
Kara havia usado o seu bracelete e havia funcionado. Minutos depois a escuridão havia desaparecido completamente. CK sorriu aliviado e ruborizou-se quando a sua prima o encarou.

—Não importa se você é uma pessoa boa, a escuridão sempre irá testá-lo, só precisa acreditar mais em si mesmo, Kal-El. –Declara tentando aliviar aquele amontoado de culpa que o invadia novamente.

—Preciso encontrar a Vovó Bondade, ela está à solta. –Informou num tom colérico.

—Antes de vir para cá eu a encontrei e a bani para a Zona Fantasma. Não se preocupe! –Avisou.

—Não sei o que teria acontecido se não tivesse chegado a tempo, obrigado. –Confessou.

—Sempre estarei onde você estiver, Clark. Agora precisamos ir, há alguém que precisa encontrar.

Vendo que o primo estava sem poderes, Kara o carregou até o apartamento em Metrópolis, o novo lar do casal Kent. Ele vasculhou a casa em busca da mulher e a encontrou no quarto junto com Chloe.

—Que bom que está bem, me assustou! –Disparou Chloe abraçando-o forte enquanto falava. Afastaram-se e ele cravou seu olhar no da mulher em frente a eles.

—Tive que dar um “sossega leão” a ela, o Emil disse que amanhã de manhã ela estará bem. O que houve, Clark? Eu nunca a vi tão arrasada.

Clark e Kara contaram para a amiga tudo o que havia acontecido desde a invasão no casamento. Chloe contou que Oliver sumiu depois que recobrou a consciência, certamente iria passar um tempo fora até que sua vergonha passasse. Jimmy estava submerso em seu amontoado de afazeres no Planeta Diário, notícias surgiam aos montes e sua noiva conseguiu despistá-lo depois do acontecido no casamento, não queria que ele se envolvesse naquela guerra e nem podia permitir que ele soubesse a verdade sobre seus amigos. Chegou a vez do homem de contar a Sullivan como havia conseguido alguns poderes temporariamente. Kara usou um cristal verde claro (kryptonita), ela criou para dar poderes temporários a humanos. Clark conseguiu esses poderes por algumas horas até que eles desapareceram novamente, como era previsto. Era um humano agora e talvez devesse se acostumar com isso para sempre.

Passava das quatro da manhã quando se despediram e foram descansar. Clark banhou-se e deitou ao lado de Lois, abraçando-a para protegê-la com seu corpo. Ela não acordou. Parecia dormir tranquilamente, estava com o semblante sereno.

As horas passaram e quando Lois acordou naquela manhã cheia de sol sentindo os braços másculos a estreitarem contra outro corpo. Virou-se e admirou aquele homem com quem havia decidido compartilhar o resto da sua vida. Como se soubesse que ela estava o observando, ele abriu os olhos e esboçou um sorriso nostálgico. Alisou o cabelo da mulher...

—Eu te amo! –Declarou sem desviar seu olhar do dela. Uma lágrima escorreu pelo rosto de Lane...

—Eu também te amo, Smallville, mas eu não sei se podemos ficar juntos depois... Depois do que aconteceu. –Confessou sentindo como lhe doía o peito ao dizer aquelas palavras, não se imaginava sem o herói, mas não era justo depois de haver sido possuída por aquele ser asqueroso.

—Não importa o que aconteceu, não foi sua culpa. Nós podemos e devemos ficar juntos agora mais que nunca. Eu não saberia viver sem você! –Ajuizou beijando-a. Foi um beijo doce, um gesto que se aprofundou e chegou à alma da repórter.

Sua racionalidade e sua emoção estavam em guerra. Por um lado sabia que ia encontrar outra forma de recomeçar a voar novamente. E caso chegue a cair, tinha aquele herói para salvá-la de si própria, ainda que custe, por que a vida talvez seja só uma questão de fé, foi nisso que sempre se apegou e talvez tenha que continuar insistindo nessa ideia. Buscou dentro de si o que lhe fazia viver e pela primeira vez entendeu que não precisava pedir permissão para ser feliz, encheu-se de luz ao vê-lo diante dela e tudo voltou a ficar bem. Era hora de recomeçar. Hora de matar os fantasmas e encarar o mundo com coragem e pouco a pouco tudo ia voltando ao seu lugar. Os dois se levantaram, e contemplaram aquele dia calmo durante um piquenique organizado por Chloe e Jimmy. Não era preciso que um dissesse ao outro o quanto se amavam. Os gestos falavam por si só, e mesmo diante da difícil circunstância que Lois e Clark haviam enfrentado no dia do seu casamento, o casal superou bem os efeitos colaterais. Lois estava radiante pelo seu sucesso no Planeta Diário e mais por CK haver conseguido uma vaga no jornal... Era oficialmente uma dupla do maior e melhor jornal do estado do Kansas. Passaram alguns dias sem que tivessem um nível mais alto de intimidade.

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SÁBADO – Noite

Clark se aproximou pouco a pouco de Lois até ficar bem junto, tanto que a repórter chegou a apreciar seu perfume forte. Ela havia cedido e estava com os lábios vermelhos.

Está olhando algo que gosta senhora Lane Kent? -Sussurrou Clark levantando uma sobrancelha. Lois separou os lábios para dizer alguma coisa que não saiu. O senhor Kent quebrou ainda mais aquela distancia sentindo a respiração acelerada da jovem.

A única coisa que estou vendo é que está com a mão na minha entreperna, sir Kent. –Ele soltou uma risada pícara.

Tinham os olhares fixos um no outro, suas respirações estavam aceleradas e seus corações pulsavam desenfreados. Trocaram um beijo avassalador e desajeitados acabaram caindo no chão. Deram uma gargalhada e depois voltaram à tensão sexual de antes. Estavam sob alguns sacos de papéis picotados. Eram incapazes de se mover. Clark estava concentrado encima de Lois, que tinha levantado os braços na altura da cabeça e as mãos de Clark agarravam a cintura da loira. Não sabiam quanto tempo estavam ali e nem precisavam. Ele sentiu o alento da mulher chocar contra os seus lábios e isso o desconcentrava, não era capaz de se segurar. Ao comprovar que a mulher estava com uma tanguinha de encaixe, e trás o "inocente" movimento das cadeiras dela e uma exploração daquela mão atrevida por dentro da calça masculina, Clark deixou escapar um gemido da sua boca. Contente por tê-lo provocado, a repórter se recompôs e o empurrou para o lado. Levantou-se e foi em direção a porta deixando CK louco. 

—Temos de trabalhar se quisermos chegar ao topo, garotão. –Comentou antes de girar a maçaneta e abrir a porta.

—Pelo jeito você é muito malvada. -Disse o esposo dando ênfase a ultima palavra.

Ao ouvir isso Lois perdeu a compostura e agarrou o homem de jaqueta de couro preta empurrando-o contra a porta que fechou de um só golpe. Ele estava apertado entre a porta e o corpo da sua amante. Aquela mulher tinha a mesma expressão de quando esteve possuída pela kryptonita vermelha, soltava faíscas de fogo. Num instante sentiu medo, mas logo rejeitou aquele sentimento. Sentia seu corpo pegado ao dela e seu rosto tão próximo que estava embriagado com aquele perfume feminino. Não era capaz de oferecer resistência, somente foi capaz de mover uma de suas pernas que estava entre as da mulher. O corpo dele se acendeu de repente, saiu da sua órbita ao sentir o calor que emanava daquela figura à sua frente.

Aproveitou um momento de fraqueza de Lane e agora era ela quem estava contra a parede. Antes que Lois pudesse protestar ele atacou seus lábios com fúria, a princípio ela tentou falar algo, mas depois notou que sua língua já se encontrava entre os lábios do filho de Jor-El e então, deixou-se levar pelo beijo... Luxurioso e intenso. Mais que se beijarem os dois amantes mordiscavam a boca um do outro, e suas línguas resvalavam em meio aquela batalha campal a fim de ganhar o controle sob o outro.

As mãos de Lois pareciam ter vida própria, ela não mandava nelas, uma vida cujo único propósito era explorar cada centímetro do corpo de CK. Com uma agarrava o cabelo negro e liso dele para que este não tirasse a cabeça e a outra começava a baixar pelas suas costas. Ele sentia como a mão de Lois entrava por debaixo da sua cueca com agilidade e agarrava o seu traseiro. Não era justo, ela permanecia com a roupa intacta enquanto ele já estava sem camisa e com a calça abaixada. Moveu os dedos e no mesmo instante a saia e a blusa comportadinha de Lois sumiu. Ela se surpreendeu ao ver quão rápido a sua roupa sumia, uma reclamação começava a se formar em sua mente, mas novamente não chegou aos seus lábios, desses só saiam gemidos quando a coxa do homem passou a roçar entre suas pernas.

—Assim é muito melhor não acha, querida? -Sussurrou ao pé do ouvido feminino com uma voz rouca tremendamente sexy enquanto mordiscava o lóbulo da orelha dela.

Ao sentir o cálido alento em sua orelha Lois sentiu um calafrio recorrer o seu corpo culminando entre suas pernas com um latejar de prazer. Ao notar o estremecimento da esposa, Clark se incorporou e roçou seu membro na feminilidade da mulher fazendo pressão com seus quadris movendo-se lentamente. Lois estava ficando louca, estava molhada, precisava senti-lo com todo o seu corpo. Alargou suas mãos agarrando-o pelos ombros e pediu num sussurro ao pé do ouvido que ele a fizesse sua ali mesmo. Obediente e querendo saboreá-la ele o fez, inicialmente com movimentos leves e depois, mas rápido até que chegaram ao clímax. Mais que isso... Estavam outra vez conectados de corpo, alma e coração.

Aquela mulher era como uma rosa devidamente desenhada em carne viva. Era muito mais que amor. Clark ficou vislumbrado olhando sua feição serena e alegre, ela sorria com os olhos. Pensativo ele se perguntava se tudo aquilo era um sonho ou se era mesmo real. Quando sentiu os lábios ainda com resquício de um batom carmim tocar os seus, ele comprovou que era um sonho realizado, era tudo verdade. Ela sorriu. Ela era tão divina que era difícil acreditar que estava ao seu lado... Sentiu o aroma daquela pele, teve motivos para uma vez mais adorá-la. O calor que juntos emanavam, era acalentador. Sentiam-se provocados e extasiados, em meio aquela sala cheia de papéis arquivados.

—Oh, já é manhã, Clark. Precisamos sair daqui ou a vão nos pegar no flagra e não é nada indicado para dois principiantes. –Ponderou afastando-se dele. A madrugada havia passado num piscar de olhos.

—Relaxa, Loh, vai demorar para eles chegarem. –Afirmou puxando-a novamente contra si.

—Smallville, se não tirar essa sua mão atrevida, garanto a você que não vai escrever por pelo menos um mês. –Ameaçou tentando resistir aos encantos dele.

—Essa noite vai ter que me recompensar por isso. –Avisou maroto.

—Vou pensar no seu caso, garotão. –Respondeu travessa. Deu um selinho no homem depois de se recompor e saiu em direção à porta. Abriu e ao ver que ele permanecia no mesmo lugar como uma estatua... Ensaiando para roubar o lugar do Cristo Redentor, querido? –Provocou sabendo exatamente o que se passava. Ele estava vidrado nas pernas dela, um olhar impudico. Definitivamente, ia ser difícil se comportar e manter a concentração no trabalho com um Kryptoniano louco para provar seu fruto proibido.

—Não, estava pensando que você esqueceu alguma coisa, benzinho. –Falou libertino e mostrou na sua mão direito a tanga de encaixe que sua esposa usava horas antes. Soltou uma gargalhada ao vê-la se ruborizar e voltar desengonçada atrás da sua peça.

—Talvez eu não tenha esquecido, Kal, às vezes adoro hiperventilar então ando sem. –Provocou, e arrancou a peça da mão masculina deixando-o estonteado. Sorriu triunfante e deu uma piscada de olho para o seu “senhor” antes de desaparecer pelo corredor do Jornal.

Naquele instante Clark se deu conta que ela não precisava de nenhum batom de carmim para enfeitiçá-lo, ela conseguia enlouquecê-lo somente com sua presença. Sozinho, o último filho de Krypton começou a ouvir pequenos ruídos, procurou a origem, mas não encontrou até que se fizeram mais fortes... Vozes... Barulho dos carros... O coração de Lois Lane pulsando em um ritmo que ele conhecia bem e a voz da faxineira saudando sua esposa há alguns metros de distância. Seus poderes estavam voltando. Feliz e até embasbacado ele correu com sua supervelocidade e abraçou Lois, mesmo irritada pelo monte de papel que ele espalhou pelo setor, ela correspondeu ao abraço e sorriu compreendendo o que ele queria dizer.
—Woww, ótimo momento para voltar, Honey. –Declarou e o beijou. Um gesto simples e doce. Quando separaram seus rostos e Lane olhou para o lado se espantou. Oh Meu Deus, Clark, você ta flutuando. –Comentou maravilhada e ele olhou para baixo, viu que estavam alguns metros do chão.
—Tá a fim de pegar o Air Kent? –Indagou divertido. Certamente seria uma aventura voar até o novo apartamento.
—Adoro uma aventura, Super Homem. –Contestou em concordância e os dois saíram pelo céu de Metrópolis.
Estavam felizes e mesmo com algumas ameaças, sabiam que poderiam enfrentar qualquer coisa desde que estivessem juntos. Por outro lado, Kara finalmente encontrou um lugar para chamar de lar, nos últimos dias havia estado em contato com Oliver Queen e depois de ajudá-lo a lutar contra os seus próprios demônios, os dois descobriram que foram feitos um para o outro, estavam oficialmente em uma relação assim como Chloe e Jimmy. Lex Luthor havia se candidatado à presidência dos EUA e mesmo temendo pelo futuro, Clark e Lois decidiram viver o presente.
E então ambos entenderam que ser feliz é amar o outro de puro coração sem exigir nada em troca, é amar sem se deixar sufocar, é ser livre, é não se escravizar e nem escravizar o outro, é certamente amar como Jesus amou, pois o verdadeiro amor jamais escraviza, jamais oprime e jamais engana. Ser feliz é buscar a felicidade e não ter medo de renunciar o supérfluo, o efêmero para encontrar o essencial, o eterno. Devemos acreditar numa sociedade mais humana, justa e feliz. Todavia, onde estamos buscando a felicidade?
Enfim, concluo esta matéria com a seguinte frase de Gabriel Chalita: "Acreditar é um nunca deixar de ter esperança. É lançar-se e entender que somente na insegurança do voo a águia prova que pode ser feliz. Eis nosso sonho. Eis nossa ação". Eis nosso desafio. Que os deuses nos concedam a graça de sermos corajosos e lutar pela nossa felicidade, e pela dos outros, cada um a partir de sua própria vocação. E juntos seremos felizes, nós e muito mais gente. Aprendi com o Superman: o herói surge todos os dias em cada um de nós, ele não precisa de capas ou uniformes embora isso seja excitante e nostálgico, tudo o que esse herói que está dentro de todos nós é de coragem e amor para lutar pelo que acreditamos, para fazermos as escolhas certas e então conquistarmos o pódio. Ass: Lois Lane e Clark Kent.

FIM!
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