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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Revivendo o passado. Final.

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Lois estava se sentindo bem fisicamente, não precisava  e nem queria ficar naquele prédio cheio de doentes. Lhe dava pavor aquele cheiro nada reconfortante de hospitais. Nisso ela tinha que concordar com o dr. House. A intrépida Lois Lane recolheu suas coisas, vestiu sua roupa e saiu de fininho caminhando até a porta...

—Lois? -Arregalou os olhos, fazendo com que aquelas íris azuis se realçassem ainda mais, dando uma gloriosa visão de toda a extensão dos seus traços faciais.

—Clark?! -Disse abraçando-o forte e sendo correspondida naquele abraço. 

—Eu senti a sua falta. -Diz colando o seu rosto com o dela, em um beijo de esquimó.

—Eu pensei que havia te perdido, Smallville?! -Confessa olhando-o aliviada por tê-lo de volta e com a respiração acelerada. Sem mais palavras os dois se beijam. A língua de CK brinca com a de Lois. Chega a tocar o ceu da sua boca. É bem mais que um beijo, estão se buscando e se encontrando novamente naquele pequeno contatos entre seus lábios.

—Eu estou aqui. Eu te amo demasiado para te deixar, Lois Lane!  -Declara na pequena pausa daquele pequeno porém apaixonado beijo.

—Eu te amo MAIS muito MAIS, Superman! -Declara olhando-o fixamente e mordendo o lábio inferior.

—Superman? -Sorri.

—É e também SUPER PAI. Vamos ter um filho, garotão! -Dispara vendo-o arregalar os olhos e ficar boquiaberto.

—Fecha a boca senão vai ter uma porção de moscar querendo entrar nela, Smallville. -Respondeu brincalhona diante da cena.

—Eu vou ser pai?! -Engoliu a informação. Sentia um turbilhão de emoções percorrerem o seu corpo metade humano e outra metade kryptoniano. Um misto de alegria e euforia. De repente um sorriso de orelha à orelha surgiu naquele rosto quadrado e bem desenhado. Ele puxou Lois e a abraçou, estava maravilhado.

—É, garotão, você vai ser o pai... porque ficou pra mim a parte de trazer ao mundo e você sabe, ensinar a andar, falar e a paquerar. Rsrsrs. -Disse divertida revirando os olhos.

—Paquerar? -Destacou aquela palavra arqueando uma sobrancelha.

—Ah, cá entre nós, você é um banana no que diz respeito ao amor, mesmo que tenha melhorado nos últimos anos. E se for uma menina, bom, lamento Smallville, eu tenho bom gosto e certamente serei a escolhida. Rsrs. -Informou sagaz.

—Se for menina só vai namorar depois dos 25, querida. -Afirma com um semblante sério.

—Hahahaha. Só na sua cabeça sedentária de 1900 e antigamente, Clarkie! -Debocha e ele a puxa para outro beijo. Dessa vez mais intenso e aconchegante.

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NO QUARTO DE TESS

—Não haja como um moleque fazendo pirraça. Se eu gostasse do Clark, estaria fazendo algo para ficar com ele e não perdendo o meu tempo com você, Queen! -Esbravejou irada.

—Um moleque que ama, adora e não sabe mais viver sem uma mulher chamada Lutessa Luthor. -Retruca arrependido por sua crise de ciúme infundada. O loirinho se aproxima e passa a mão no rosto da ruiva que o vira. Insistente como ele é, toca no queixo da mulher e vira o rosto dela para que esta possa encará-lo... 

—Me perdoa? -Perguntou com cara de menino arrependido.

—Só se você se vestir de mulher e dançar pra mim como fez no clube. -Contestou marota fazendo-o corar e rir em seguida.

—Tudo bem se quiser me perder para uns marmanjos. -Fazendo bico e uma careta feminina. 

—Ollie?! -Repreendeu dando-lhe um tapa no ombro. 

Os pombinhos deram uma gargalhada e em seguida o Arqueiro beijou a ruiva com paixão, matando a saudade que sentia do seu cheiro, da sua pele.

—Mais uma cena dessas e eu vomito por toda a eternidade. -Reclamou fazendo uma cara divertida de asco.

—Você é sempre tão delicada, Lane. -Retrucou Tess arqueando uma sobrancelha e presenteando um sorriso discreto ao casal que se aproximava.

—E ai, quantos mini terroristas estão à bordo? -Dispara.

—Lois?! -Diz CK em tom repreensivo.

—Relaxa, Clark. Essa é a maneira sutil de ela dizer que adorou a notícia. -Defende Oliver divertido.

—Pode me lembrar de cortar a língua da Lois quando estivermos fora daqui. -Diz em um tom ameaçador. 

—Ameaçar alguém já é crime e imagina uma mulher grávida? nem quero ser você quando eu te delatar para as autoridades, Lutessa. -Retrucou astuta.

Tess e Oliver ficaram felizes pela notícia. Oliver parabenizou CK e em seguida abraçou Lois. O superboy levou a futura melhor repórter do D.P para o terraço do Jornal e a surpreendeu...

—O que fazemos aqui, Smallville? -Indagou olhando-o se distanciar alguns centímetros dela e tirar uma caixinha do bolso do jeans.

—Lois Lane, aceita se casar comigo? -Perguntou se ajoelhando perante ela e sinalando uma aliança.

—Sim!
É claro que eu aceito, meu superman. -Respondeu maravilhada. Os dois se beijaram. Sentiam que seus corações estavam batendo no mesmo ritmo. Estavam abraçados. Um sentindo todas as reações do outro. A respiração acelerada. A pulsação. A alegria contagiante. O perfume embriagante e o amor que os unia.

UM DIA DEPOIS

—Não deveria trabalhar tanto, querida.

—Alguém tem que colocar em ordem a bagunça do Lex. -Respondeu ainda mirando uns papéis. Estava sentada em sua cadeira confortável do escritório. Sentiu que o milionário a envolvia por trás, beijando a sua cabeça e em seguida mostrando uma aliança, deixando-a embasbacada.

—Aceita ser a Mrs. Luthor? -Perguntou girando a cadeira dela, fazendo-a encará-lo.

—Oh... eu...aceito! -Respondeu ainda com os olhos esverdeados bem abertos e com um sorriso de um canto à outro do rosto.

Chloe Sullivan desapareceu do país deixando apenas uma carta de despedida para Lois e Clark. A loirinha havia se livrado da cadeia mas decidiu continuar a sua vida com Jimmy Olsen bem longe dali. O casamento de Oliver e Tess; Lois e Clark foi marcado para o mesmo dia, ambos os casais decidiram que seria perfeito juntar os acontecimentos. Agora eram como uma família. Lois conseguiu seu cargo como repórter do D.P assim como CK.

Casamento

Na cerimônia estavam Sam Lane, Marta Kent e todos os heróis amigos dos casais. A senhora K estava visivelmente emocionada ao ver seu filho no altar com a mulher que lhe era destinada. O sorriso de orelha à orelha do Superman (Nome que LL lhe deu em sua primeira reportagem de primeira página)era evidente e estava em harmonia com o de Lois. A repórter estava com um vestido tomara que caia branco. Tinha um colar singelo que se destacava em contraste com a sua pele branca. O véu estava sustentado em um coque com tranças.

Tess embora menos sociável estava radiante, tinha um brilho nos olhos que reluzia esperança. Quando seus olhos se encontraram com o de Oliver Queen, a entrega e compatibilidade de almas tornou-se um show que todos podiam ver e sentir. Lutessa cobriu seu corpo com um vestido clássico porém sofisticado e romântico. Seu cabelo trazia um coque baixo, com as raízes repartidas ao meio que serviram de base para a coroa com mexas sobre as orelhas. Eles adentraram à igreja e pronunciaram ansiosos os seus votos...

[Oliver]

Chegou teu amor e em um instante me pegou. Sem perguntar, sem um aviso sequer entrou lá no fundo do meu coração, que agora sente com cada batida a tua existência e a tua importância na minha vida. Ouço uma voz me dizendo que tudo estará bem, que não te deixe escapar. Sem dúvidas tudo o que sou hoje, é graças a você, Tess Mercer. Tenho me apaixonado por você à cada 1440 minutos da minha vida. Teu amor me fez forte na dor e sem perguntar ou exigir nada em troca me curou de toda mágoa, tristeza, solidão e dor. Sem dúvidas meu destino é com você. Eu te amo!

[Tess]

Nos conhecemos de uma maneira peculiar e exótica. Em uma ilha. Quando eu estava à meio passo de cair, meu silêncio se encontrou com a sua voz, Oliver Queen. Parecia loucura, mas eu te segui e você reescreveu o meu futuro. A minha dor ficou muitos quilômetros atrás e hoje os meus fantasmas estão em paz. Você chegou e eu descobri quão poderoso é o amor. Eu amo você, Oliver Queen.
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[Clark]

Eu quero viver sempre junto a ti, Lois Lane. Atravessaria o ceu por você. Quando por algumas razão nos separamos, me dói por dentro. Meu coração se desfaz e se monta uma enorme tristeza em meu ser. Sinto que morro quando não te tenho. O que eu posso fazer? chove por dentro. Quero para sempre viver junto à você, não importa aonde ou como. Quero aproveitar esse silêncio de toda manhã quando o seu olhar fica cravado em mim,  é ai que me sinto a pessoa mais amada e o meu coração só falta gritar para o mundo que  ele é o mais feliz porque está completo. Você é o meu lar, o meu verdadeiro amor e a minha fortaleza.

[Lois]

Já não importa quantas noites eu esperei, cada rua ou labirinto que eu tive que cruzar. Porque o mundo conspirou ao meu favor e eu voltei a te encontrar. Você me faz bem, faz acender uma luz em minha alma. Acredito em você e nesse amor que se tornou indestrutível. O mesmo amor que deteve minhas quedas. E hoje eu posso dizer que estou revivendo um passado, ou melhor, recomeçando um passado maravilhoso. És o meu único porto seguro e quero que escrevamos juntos o nosso futuro. Eu amo você e amarei eternamente, Clark Kent.

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Sendo assim os declaro marido e mulher. Os noivos podem beijar as noivas. -Declarou o padre sorridente.

Todos ovacionaram os casais que prontamente saíram da igreja e seguiram para o salão de festas. Foi uma festa simples no salão da mansão Luthor, só os amigos mais próximos.

OITO MESES DEPOIS

—Você tomou o meu capuccino e comeu a minha última rosquinha, Smallville? -Perguntou uma Lois enfurecida.

—Lois, eu... eu... -Tentou formular uma desculpa mas foi interrompido.

—Pega a malinha, garotão! -Disse tocando o ventre e respirando feito "cachorrinho".

—Mas... 

—Pega logo essa maleta ou eu vou buscar e arremessar ela na sua cabeça kryptoniana, Clark! -Esbravejou fazendo caretas de dor.

—Não... quer dizer, tá bem. -Usou sua supervelocidade e pegou as coisas do bebê. O homem ficou olhando para a repórter embasbacado, não sabia o que dizer ou fazer.

—Hospital, Clark... Ainda sabe o que é isso? -Perguntou com uma dose de sarcasmo.

—Ok!
Na caminhonete pra parecer normal ou como Superman? -Perguntou nervoso.

—Ahhhh! -Gritou com uma contração.

Clark pegou Lois e a levou correndo mesmo. Depois cuidaria de trazer a caminhonete para parecer que haviam vindo nela. Surpreendeu-se quando viu Oliver zanzando de uma lado para outro na recepção. Ambas as mulheres já estavam com 9 cm de dilatação. 

—Oliver?! 

—Hei, cara. O que está fazendo aqui? não me diga que a Lois também vai ter bebê?

—É. Será que vai demorar muito? Eu preciso ligar pra minha mãe. -Falou aflito.

—Tess começou a sentir as contrações e a trouxe para cá, ela quis que o Hamilton cuidasse de tudo. Afinal, ele é dos nossos.

—Estão em boas mãos! -Afirmou, vendo o médico se aproximar dos dois. Os homens sequer o deixaram formar uma oração...

—Como a Lois está? Já nasceu?

—Cadê a Tess? E a minha filha?

—Calma, rapazes. Vim saber se não querem assistir ao parto?

—Claro!

—Sim.

Os dois se entreolharam e o seguiram até a sala de parto. Lá estavam as duas mulheres, lado à lado. Estavam suadas, maltratadas pela dor e com um mau humor terrível. As duas estavam cercadas por uma equipe de enfermeiros.

—Ahhhhhhhhh! -Gritou Tess na última contração. No útimo esforço para trazer ao mundo Sarah Luthor Queen.

—Nasceu!!!! Nasceu!!! -Bradou o pai orgulhoso, segurando a menina recém chegada ao mundo em seus braços. Era grande e forte para um bebê. 

Felizes, era assim que a família QUEEN estava agora. Por fim, tanto Tess quanto Oliver formaram sua família, recomeçaram sua vida e já não havia espaço para maldade ou divergências.  E a vida de Oliver e Tess? tornou-se mais alegre do que era antes.

Mesmo sofrendo com suas contrações, Lois sorriu contente pelos amigos e Clark não largou a mão da esposa. O filho de Lois e Clark não queria nascer, estava alto, não descia... Só decidiu vir a este mundo por volta das três horas da tarde, por pouco Lois não teve que passar por uma cesariana.

—Você consegue, amor! -Disse um Clark aflito porém cheio de esperança.

—É melhor você sair logo, John! -Resmungou Lane antes de respirar fundo e pôr toda sua força para ajudar o filho a nascer. Foi uma fração de segundos até se ouvir o choro do pequeno menino. Lois deslumbrou-se com a visão de pai e filho juntos para desmaiar no momento seguinte. A mulher estava exausta.

—Lois? -Chamou preocupado devolvendo o bebê à enfermeira e se aproximando da filha de Sam.

—É normal, Clark. Não se preocupe, ela só está cansada. -Informou Emil.

Três horas depois o casal estava no quarto e recebera a visita do bebê...

—Olha quem está aqui, mamãe?! -Disse a enfermeira entregando a criança à mãe.

—Hey, moleque. Você deu um trabalho danado, hein?! -Disse emocionada.

—E como vamos chamá-lo? John? -Perguntou curioso.

—Jonathan Lane Kent. -Declarou com um sorriso maroto. Clark os contemplou nostálgico.

—Você vai ser um grande homem como o seu avô, Jonathan. -Ressaltou admirado antes de beijar a cabeça do filho.

—E como você, Smallville. -Afirmou a mulher que sustentava o bebê adormecido em seus braços

—Eu te amo, Lois Lane Kent! -Declarou apaixonado. . O kryptoniano depositou um beijo nos lábios de Lois. Sentiu seu aroma, o sabor dos seus lábios que pareciam uma droga de tão viciantes.

Lois e Clark cumpriram seu destino, tornaram-se um só. Um acreditando no outro, um apoiando o outro. Não existiria Superman sem uma grande mulher por trás do herói. O passado as vezes precisa ser revivido, sempre e quando traga algo de bom para a vida daquele que o resgata. Clark e Lois foram almas que se encontraram, almas gêmeas... as metades da laranja... dois amantes... dois irmãos... dois repórteres que se atraem, se respeitam e se amam mutuamente vivendo cada dia como se fosse o último, tornando seus momentos uma espécie de sonho lindo de viver.



FIM

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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Revivendo o passado. Capitulo 19.

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Tess havia acabado de sair da sala de cirurgia, onde removeram a bala que lhe atingira em cheio. Oliver seguiu os enfermeiros até o quarto e comoveu-se com aquele rosto abatido da ruiva. Estava adormecida pela anestesia mas logo acordaria, segundo as informações de um dos enfermeiros. O loiro sentou-se na cadeira ao lado daquela cama pouco confortável de Hospital. Sentiu o metal gelado roçar em sua pele quando entrelaçou sua mão a da mulher.

—Ela vai ficar bem! -Aclarou Chloe Sullivan.

—Chloe? Você não...? -Começou a oração mas foi interrompido.

—Estou presa? Não. Ainda não. Eu vou me entregar daqui a pouco! -Avisou com um tom de amargura.

—Eu vou contratar os melhores advogados, Chloe. -Disse prestativo. Não fosse por ela, talvez ninguém tivesse sobrevivido à maldade de Lex Luthor.

—Obrigada. -Agradeceu antes de dar alguns passos até a porta, e se virar para olhar aqueles dois humanos, que se arriscaram como ninguém para salvar o amor da sua vida, Clark Kent e a sua prima Lois Lane. 

—Pode contar comigo, Sullivan. -Afirmou com um meio sorriso. A mulher se sentia minúscula diante deles e indigna de estar ali depois de todos os erros que cometera. Sua inveja de Lois e seu amor obsessivo por CK a havia cegado, era errado dizer que ela se arrependia de tudo. Por um momento sentiu que seu lado escuro sempre quis sair à mostra, estava satisfeita pela morte de LL e de agora em diante, iria subir todos os degraus que sempre quisera, sem impedimentos. O mundo era cão e ela tinha que se adaptar à ele.

—À propósito, felicidades pelo herdeiro! -Felicitou deixando naquele quarto azul royal, um Oliver Queen boquiaberto. O homem dirigia seu olhar para o rosto pálido de Tess e para sua barriga ainda saliente. Beijou-a na testa, levantou-se, levou às mãos à cabeça e depois à boca. Sufocou aquele grito de felicidade. Seria PAI. Sua felicidade só aumentou ao vê-la abrir os olhos e franzir a testa ao estudar o local.

—Por que está com esse sorriso bobo nos lábios? -Grunhiu, arqueando uma sobrancelha em sinal de curiosidade e impaciência.

—Nós vamos ter um filho! -Disse sem evitar esbanjar aquele sorriso de orelha à orelha. 

—Se andou bebendo uísque vencido, posso garantir que está sofrendo os efeitos colaterais neste momento, Oliver. -Replicou apreensiva. Não sabia o que dizer e nem tinha uma reação adequada para aquela notícia. Era um misto de emoções que lhe pareciam incógnitas.

—Vamos ter uma família linda, tigresa. -Declarou divertido. Aquela oração que saíra da boca do loiro a acalmou e levou quietude ao seu coração rebelde e arredio. 

A mulher não pode evitar que uma lágrima percorresse o seu rosto. De repente a mulher forte, implacável e astuta estava soluçando. Entendendo o que aquilo significava, Queen sentou-se na cama ao lado dela, acariciou-lhe os cabelos ruivos e embaraçados...

—Você vai ser uma excelente mãe, Tess. -Afirmou com suas íris castanhas penetrando aqueles olhos esverdeados. Ele a beijou doce e sutilmente até que a ruiva rompeu o contato físico dos dois.

—A Lois? O que aconteceu com ela? E o Clark? -Perguntou preocupada, fixando o seu olhar sério naquele homem. Tinha lembranças embaraçosas confundindo a sua mente.

—Lois está bem. Ela está no corredor à esquerda. Em breve terá alta e virá trocar alfinetadas com você. rsrs. -Disse tentando evitar encará-la.

—Oliver, o que houve com o Clark? -Inquiriu insistente, sentando-se na cama.

—Eu não sei, tá bom?!
Só pensei em Lois machucada e em você. Deixei o Clark por conta da Chloe.

—Você o que? Como pôde deixá-lo com a mulher que o traiu? A mesma que o impediu de ser feliz com a mulher que ama? Pior, a cúmplice do Lex! -Retrucou indignada. 

—Eu não tive escolha. E por que você se preocupa tanto com o Clark? Está apaixonada por ele, é por isso que não gostou da ideia de ter um filho comigo, não é? -Bradou inconformado com aquelas palavras da filha recém chegada de Lionel. Tampouco podia evitar aqueles ciúmes. Seu sangue fervia dentro de suas veias só de pensar.

CONTINUA

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domingo, 11 de maio de 2014

Revivendo o passado. Capitulo 18.

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O tiro havia atingido Lutessa Luthor. A mulher perdeu o controle instantaneamente do seu corpo que caiu no chão feito um saco de batatas. Luthor olhou com desdém aquela cena. Ela o atingiu o golpeou fracassadamente com um cinzeiro de cristal.

—Tess?! -Gritou Lane exasperada.

—Check Mate! -Declarou vencedor, levantando-se e passando a mão na boca que emanava sangue. Lois se encheu de coragem, retirou com cuidado e muito medo aquela adaga de Clark Kent. A mulher de cabelos castanhos e longos, dirigiu-se até Luthor. Estava disposta a tudo, não se amedrontou com a arma ainda em sua posse e deferiu um tapa em seu rosto de gente mesquinha e fria.

Lex não pensou duas vezes, pegou-lhe pelo antebraço e apontou a arma nas costas dela e a fez andar pelo corredor da mansão.

—Vamos voltar para a nossa antiga vida, Lois. E não se preocupe com Clark e Tess, eles vão ter um enterro digno de choros e bons discursos, só que você não estará lá para se despedir. 

Aqueles olhos verdes estavam lacrimejados e úmidos. Seu queixo tremia e ela não sabia ao certo se era de raiva ou desespero. Quando chegaram ao heliponto dos Luthor, ela parou, estava empacada como uma mula e dali não iria se mover.

—Entre nesse helicóptero agora, Lois Lane! -Esbravejou um Lex ensandecido, insistindo em molestá-la com a arma de fogo de última geração.

—Só saio do lado do Clark morta. -Afirmou e uma lágrima escapou. Sua feição estava fechada e apática.

 —Não gosto de ver degradação de corpos, amor, eu prefiro ver corações rompidos, mentes perturbadas e almas devastadas. Eu sempre venço, não importa como! -Declarou malicioso ao pé do ouvido da mulher.

Lois tremia dos pés à cabeça. Seus dentes colidiam uns com os outros em um desequilíbrio frenético. Seu coração batia como se fosse sair pela boca. Quando sentiu um início de falta de ar, inspirou todo ar que conseguia e expirou tentando aliviar aquela sensação horrorosa de falta de ar. O nó na garganta apareceu quando seus pensamentos a levaram até um Clark abatido, morto. Talvez fosse a pressão ou a tensão do momento, ela estatelou-se na grama verde deixando o Luthor espantado.

—Não faça esse joguinho, Lois. Sei que está fingindo para arquitetar uma boa fuga! -Falou ao se agachar e sujeitá-la pelas costas.

A futura repórter do D.P estava mole, inconsciente nos braços daquele inescrupuloso bilionário. Vendo que ela não estava fingindo, ele pediu ajuda ao piloto para subi-la no meio de transporte aéreo e seguirem viagem. Quando estavam prestes à subir na aeronave, o piloto caiu desmaiado, atingido por um dardo tranquilizante. Lex virou-se para ver de quem se tratava e ficou boquiaberto ao ver aquele "fantasma".

 —Você não vai à lugar algum com a Lois. -Afirmou a loira com um olhar de recriminação.

 —Ora, ora. A prima fiel e devotada. Isso não faz o seu tipo, Chloe. -Debochou o homem que sustentava Lois nos braços.

—Solte-a. Não vou permitir que a leve de novo! -Gritou furiosa ganhando o apoio do Arqueiro Verde. Mesmo machucado no ombro e com este imobilizado, Oliver estava de pé.

—Deixe-o comigo, vá trás dos outros. -Disse se referindo a Tess e Clark Kent.

—Mas... -Protestou sendo interrompida.

—Chloe, por favor?! -Falou com tom autoritário e à contra gosto a loira saiu correndo. 

Oliver estava com uma arma na mão. Não tinha como usar seu arco e flecha. Vendo que Lois estava recobrando a consciência, Lex agradeceu aos deuses pela ajuda.

—Entre ou terei que pedir aos meus aliados que acabem com uma certa senadora. -Ameaçou ao pé do ouvido da mulher. 

Todavia, sua visão não alcançava Oliver Queen logo atrás deles. Estava meio tonta e confusa. Vendo que ela estava relutante, o careca deu-lhe um empurrão fazendo-a cair no piso da aeronave. Oliver estava possesso diante da cena e acabou atirando em uma das pernas do bilionário, antes de cair ao chão o filho pródigo de Lionel levou outro tiro, este acertando-lhe em cheio a veia cava. Oliver virou-se para descobrir quem era o autor do disparo...

—Chloe?! -Exclamou abismado. A Loira queria se redimir dos seus erros com Lois e Clark, mas daí a tirar uma vida, isso era algo que ele e nem os outros esperavam da jovem.

—Não me olhe assim, fiz o que era necessário e o que você e muito menos o Clark conseguiriam fazer. -Disse seca e com olhar frio. Era uma outra Chloe ou será que a mesma em uma situação diferente? (Pensava o loiro).

Lois olhava atarantada o corpo de Lex. Estava com os olhos arregalados e a boca aberta. Era assustador. Suas pernas falharam e recebeu a ajuda de Oliver para rodear o corpo e sair dali. Oliver a abraçou e notou que estava com o corpo gélido, as pernas tremiam e estava pálida. Foram para o hospital Geral, Lois permanecia muda.

No seu coração ficara a imagem de um Clark morto, Tess agonizando e sagrando no chão e por último Lex. Eram situações que nunca pensou em viver e o pior de tudo era estar sem o kryptoniano. Sem o homem de capa vermelha que a cigana dissera que seria o homem da sua vida. Colocou a mão na boca para sufocar o grito e lágrimas rolaram pelo seu rosto.

—Srtª Lane? -Chamou o médico, tirando-a da sua viagem pelo mundinho Lane-Kent.

—Sim. -Falou pela primeira vez encarando aquele homem moreno, de bata branca.

—Parabéns, a srtª vai ser mãe! -Aclarou com um sorriso de canto de boca.

—O... que? -Disse abrindo e fechando os olhos para ver se era real. Se havia ouvido bem. Era certo!

—Precisa se cuidar e fazer o acompanhamento, está de alta. -Informou, fez um gesto de "tchau" com a cabeça e saiu, deixando-a ali embasbacada.

Lois estava maravilhada com a notícia, tocou o ventre com cuidado e carinho.

—Um filho, meu e do garotão. -Falou consigo mesma e sorriu encantada. Seu rosto permanecia marcado pelas lágrimas que incessantes brotavam. Tinha alegria e a dor como companhia. Tinha a coragem e o medo como soldados guerreando em sua mente. 

Oliver havia se ausentado há cerca de meia hora. Na verdade ele ia buscar notícias de seus amigos e de Tess.

CONTINUA

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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Revivendo o passado. Capitulo 17.

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Capitulo 17

De repente Tess foi lançada para o lado direito e foi ele quem se colocou diante do homem de trinta e poucos anos para receber aquelas balas. Clark estava de volta, havia conseguido banir Zod e se precatara dos planos do careca através de Chloe Sullivan. A jovem o encontrou e contou as pretensões do arqui-inimigo do superboy. Ele não confiava mais naquela que foi sua melhor amiga, só que a única alternativa que tinha era escutá-la. Como se soubesse que O Viajante estaria ali, o bilionário baixou a arma, sorriu maliciosamente e deixou uma brecha para que Kent se aproximasse...

—Não vai machucar ninguém. -Avisou Clark sustentando-o pelo pescoço. Pela primeira vez se viu ódio e vontade de matar naquelas íris azuis. O último filho de Krypton estava fora de si, ou melhor, estava concentrado no seu instinto humano. Ameaçado ele decidiu que a melhor defesa seria o ataque.

—Pensei que demoraria um pouco mais para esta pequena reunião, Clark. -Falou entre dentes, ficando vermelho mas sem deixar a arrogância de lado. 

—Deixe-o comigo! -Pediu a ruiva com uma sede de vingança na voz. Ela havia se levantado assim como Lois.

—Não, leve a Lois daqui e fique com o Oliver. -Retrucou determinado soltando o calhorda. Enquanto se mantinha entretido com Tess, Lex retirou algo do bolso e cravou nas costas de Clark. Ele era de aço e tinha forças e habilidades sobre-humanas, entretanto, aquilo era diferente. Sentiu o gosto do sangue em sua boca e a dor devastadora tomando conta do seu corpo.

—Você não deve ferir quem você não pode matar. -Aclarou o filho pródigo de Lionel.

—Ah Meu Deus!
Clark? -Bradou Lois desesperada indo em sua direção. Por um momento não se importou de que Lex estivesse no controle da situação ou que estivesse machucada. Clark era mais importante.

—Eu não queria ter que chegar à esse ponto, mas você não me deixou escolha, Clark. -Declarou o seu arqui-inimigo friamente, sustentava uma arma de fogo direcionada às mulheres.

—Está louco. Clark não quer fazer mal aos humanos, ele os protege todos os dias! -Esbravejou Lutessa indignada. Com os olhos rastreava algo que pudesse usar contra o meio-irmão, não ia deixar que ele acabasse com a vida da única pessoa que acreditou e confiou nela, além de Oliver.

Quando tentou tocar em Kal-El, Lex mirou a arma na cabeça de Lois. Tremendo e derrotada diante daquela visão apocalíptica ela recuou.

—O que quer? ao menos UMA VEZ faça algo bom. Você não quer matá-lo?! -Gritou Lane angustiada ao ver seu noivo padecendo sem poder ajudá-lo. Clark estava de bruços no chão, a adaga de kryptonita continuava arrancando-lhe gemidos de dor.

—Eu não quero fazer coisas boas, quero fazer coisas GRANDIOSAS, Lane. Além disso, todos temos um lado de "vítima" e outro de "assassino". Use-os! -Respondeu ardiloso.

—Eu fico com você!
Eu faço o que quiser mas por favor, deixe-o em paz. -Bradou Lois com os olhos marejados e as mãos trêmulas que gesticulavam desordenadamente. Sua aflição a estava devastando e fazendo-a quase perder os sentidos. Em determinado momento sentia que suas pernas iriam falhar e sua vista embaçara, certamente sua pressão estava baixa e não era para menos. Seu espírito ficou inquieto quando por seus tímpanos ecoou aquela voz quase inaudível...

—Lois?! -Sussurrou Clark ainda agonizante. Ele não queria que ela se sacrificasse por ele e tampouco que se jogasse em um lamaçal. Estava branco da cor de uma folha de papel, seu corpo estava lavado de suor e os olhos haviam perdido o brilho que tinham antes.

—Já que acendeu o fósforo, devia ter se preparado para lidar com as chamas! -Avisou Lutessa.

Foi uma questão de minutos até Lex se precatar da cumplicidade das mulheres e quando o fez ainda foi surpreendido por sua irmã. Uma queda e um tiro fora tudo que se ouviu e viu naquele escritório lúgubre.

CONTINUA
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