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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Somos Como Queijo e Goiabada. Capitulo 33.

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Capitulo 33



"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."
Rubem Alves

Lois acordou algumas horas depois, sua vista estava embaçada, mas estava ciente de que não estava no mesmo local de antes. Sentou na cama que agora se encontrava prostrada e elevara a mão à cabeça aturdida e dolorida.

Ela acordou. É hora de agir! –Fala a mulher astuta e com um risinho maquiavélico.
Ok. Só espero ter certeza do que está fazendo. –Responde o doutor que parece estar temeroso com as próximas ações.
Não jogo para perder, Emil! –Fala Tess Mercer arqueando uma de suas sobrancelhas e desafiando o homem com o seu olhar altruísta.

Os dois adentram no quarto, esse limpo, com um colchão macio e todo decorado. Lois percebe que ali tem luxo demais para se tratar de qualquer um e pensa em alguns possíveis inimigos.

O que querem? –Fala Lois desaforada, embora ainda esteja sob o efeito da droga que Emil injetou.
De você nada. Emil?! –Tess o chama e ele que estava atrás dela, aparece, Lois se joga para o canto da cama, receosa com medo de que ele venha lhe aplicar mais uma daquelas porcarias.

Emil pega um aparelho do seu bolso e Lois vê que é um celular, de certa forma aquilo tudo a tranquiliza um pouco. Ele disca uns números e antes de fazer finalmente a ligação, Tess a adverte...

Diga a Sam Lane que ele deve abrir mão do cargo e esquecer todas as investigações que vem fazendo ou perderá a filhinha querida dele.

Hahahahaha. Me injetaram droga e você que ficou alucinando em meu lugar?

Faz isso ou morre junto com a sua irmãzinha traira. Emil faça a ligação e coloque-a para falar! –Fala Tess sem nenhum remorso ou tipo de piedade.

Emil coloca o telefone no ouvido de Lois, ela escuta chamar varias vezes. Na fazenda Kent, Sam pega o celular depressa e atende o número com ID oculta.

Alô? –Fala sob o olhar esperançoso de Martha e Clark que de imediato usa sua super audição com intuito de descobrir se é sobre Lois.

Ge.... Pai?! –Fala Lois sob o olhar frio e ameaçador de Tess Mercer. Nesse momento Lois esquece suas magoas do pai e da própria Lucy.

Lois? Aonde você esta? Com quem? Me diga e vou ai buscar você com a minha tropa! Vou acabar com quem fez isso. –Fala em disparada, sem deixar que Lois continue.

Lois! Nós vamos te buscar! Eu juro que vamos te buscar! –Grita um Clark apreensivo, na outra ponta do sofá.

Clark?! –Seu coração dispara ao ouvir a voz do seu amado e um pequeno sorriso nasce no seu rosto, mas logo é apagado pela pressão que Tess e Emil fazem para que ela fale de uma vez.

Lois quem esta com você? –Insiste o general.

Eu não sei, acha que se soubesse, não acabaria com eles e teria saído daqui há três dias atrás?! –Nesse momento Emil aperta o braço dela fazendo menção de tirar o celular, mas ela fala...

Eles querem que você renuncie ao cargo e que esqueça tudo o que esta investigando ou vão matar a mim e a Lucy. –Nesse momento Tess se dá por satisfeita e olha para Emil que desliga o celular.

Lois se sente frustrada por estar sendo manipulada feito uma marionete. Do outro lado da linha, Sam Lane acaba se jogando no sofá vermelho da fazenda dos Kent. RENUNCIAR a tudo o que conquistou durante todos esses longos anos da sua vida. Era isso mesmo o que havia escutado? Seu mundo pela segunda vez foi ao chão. Teria de abrir mão da sua pátria, para salvar suas filhas... Ao menos era assim que ele pensava. Já perdera sua mulher para uma guerra contra uma doença incurável, perder outra guerra para desconhecidos que ele poderia combater era inaceitável. Ergueu-se do sofá, fez uma condolência e saiu, mas foi interrompido ao chegar à varanda por Martha Kent que assistia à tudo perplexa.

O que pensa que esta fazendo? –Diz Martha insubordinada.

Vou ganhar essa guerra! Vou pô-los na cadeia e salvar as minhas filhas.

Como? Não se trata de uma de suas “guerras” idiotas! Se trata da sua filha, de Lois Lane, a garota que você abandonou aqui por sua ignorância e que desprezou por causa do orgulho exacerbado que trás consigo no peito. Isso não exige uma tática de guerra, mas uma decisão de PAI. Pare de idolatrar um país que cedo ou tarde nem vai lembrar mais de você e faça algo por quem realmente importa... Sua família!

Quem a senhora pensa que é para duvidar do meu sentimento de pai? Minha família? Há muitos anos não tenho UMA FAMÍLIA.

Porque O SENHOR FEZ QUESTÃO DE MATÁ-LA com a morte da sua esposa!

Enquanto os dois brigam, Clark some, já tinha ouvido o suficiente e visto também, queria tê-la perto. Lois era como se fosse o seu sol de todas as manhãs; dava cor às coisas e à vida. Ele já não conseguia respirar em solo terrestre, seu céu como desde que ela desaparecera estava por desmoronar. Sem ela a poesia não existia; os salvamentos não o satisfaziam, não o motivavam. Sem ela tudo parecia sem sentido, chato e totalmente insuportável. Mas em poucas horas, tudo havia de mudar outra vez...

CONTINUA
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Somos Como Queijo e Goiabada. Capitulo 32.

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Capitulo 32


"Você já teve um sonho que parecia tão real que quando acordou não sabia em que acreditar? O que você faria se o que você pensou fosse verdade e se o que você pensou não fosse verdade? Você iria se retirar dos seus sonhos com a esperança de encontrar uma realidade mais perfeita? Às vezes a vida é mais estranha do que um sonho. O único caminho é você acordar e enfrentar as mentiras ocultadas na sua alma e você só pode esperar que naqueles momentos de reflexão escura você não seja sozinho."
One Tree Hill


O que disseram? –Perguntou Chloe ansiosa.
Que....que.... É um sequestro e não devemos avisar a xerife. Oh Meu Deus, Clark. O que vamos fazer?
—A Lucy é uma... –Nesse momento é interrompida pelo olhar repreensivo de Sam Lane.
Temos que achar Lucy, ela sabe quem levou Lois. –Fala Clark astuto e decidido à por um fim naquele momento angustiante.

Lucy estava satisfeita por haver cumprido o seu dever, parecia tranquila mesmo sem saber o que aquela mulher queria com sua irmã. O bom era estar livre de suas dívidas e ainda ganhar algum trocado por aquilo. Ela não odiava Lois, mas tinha certa inveja dela e magoa também. Na sua mente Lois era perfeita e alguém que ela jamais poderia ser.

Enquanto isso na Fazenda Kent, todos permanecem aflitos pelo sumiço de Lane e estavam duvidosos e ao mesmo tempo revoltados com Lucy. Sam Lane levanta abruptamente da poltrona e com olhar jamais visto nele de agonia, ele pega o celular e liga para alguém, segundos depois os que estão na sala escutam ele ordenar um dos seus soldados mais fieis a localizar Lucy e, por conseguinte Lois.

Enquanto isso na sala escura, a porta se abria e uma luz forte incomodava os olhos de Lois que já estranhavam a claridade. Uma sombra feminina se aproximou dela que estava recostada na parede, com cabelos embaraçados e um aspecto cansado, além de suja pela poeira do lugar hostil em que se encontrava.


—Nossa! Você está precisando de um banho ou vai acabar virando ambiente de luxo de insetos peçonhentos. –Diz a mulher sarcástica.

E você sua bitch, vai ficar precisando de uma plástica quando eu sair daqui. –Contesta Lois impulsiva e agressivamente.

—Que hostilidade, Lane. Ah, esqueci, você não teve uma mãe para educá-la pelo que andei lendo ao seu respeito. É uma pena, mas independente disso, vejo que é muito determinada e corajosa.

—Lave essa sua boca antes de falar da minha mãe. –Exclama Lois furiosa tentando se livrar das algemas que a prendem. Seu sangue fervia agora, estava com os lábios trêmulos e cega de ódio daquela mulher. Quem ela pensava que era para falar tudo aquilo? Perguntava-se Lois e ao mesmo tempo vinha à imagem de Lucy em sua mente e sentia vontade de pegá-la pela garganta e sufocá-la até ela não conseguir inspirar uma partícula se quer de oxigênio.

Enquanto Lois se perdia em sua fúria, um homem adentrou à sala imunda e agora com alguns refletores, denotando as paredes descascadas, o estado pecaminoso do lugar com suas janelas com vidraças rachadas. Apesar de haver duas janelas no local e Lois se dar conta disso, era também impossível fugir por elas, ambas tinham grades. Um homem por volta de seus trinta anos, se aproximou, agachou-se à altura de Lois e sob o olhar indignado e surpreso dela, ele injetou algo nela. A vista de Lane inebriou imediatamente e já não estava tão consciente, só escutou as ultimas palavras daquela mulher desconhecida...

—Temos que levá-la logo, vou organizar tudo!
—Por que tanto interesse nessa garota chata?
—Pergunte ao seu chefe, estou aqui apenas para garantir que tudo será bem feito.
—Sei!

Emil frio e calculista deixou Lois desmaiada no chão imundo daquele lugar que tinha um olor forte. Antes de sair ele retirara as algemas da jovem, achava um exagero drogá-la e ainda prendê-la, ela não iria acordar para todos os efeitos.

PEQUENÓPOLIS

O caos havia se instalado em todos os cantos do mundo, há dias havia crescido o numero de assaltos, acidentes e catástrofes ao redor do mundo. Clark estava inerte desde que Lois se fora e não dera nem mais um passo para salvar “o dia”. Não frequentava a escola e se mantivera o tempo todo na Fortaleza da Solidão. Não era para menos, havia revistado milhares de lugares, corrido muitas partes do mundo e não encontrara um só rastro de Lois, parecia que ela havia virado fumaça. E como quem está em um luto, preso às lembranças e a vontade súbita de tê-la novamente, ele acabou por isolar-se do restante do mundo. Chloe e Martha imaginavam que estivesse na Fortaleza, mas decidiram lhe dar um tempo ou esperar alguma noticia dos soldados de Sam Lane que estava hospedado na fazenda.

Lana por estranhar a ausência de deus amigos, decidiu visitar a senhora Kent que prontamente inventou uma desculpa para o sumiço de Lois, Clark e Chloe na escola. Logo a moça foi embora, para alivio de Chloe que se escondeu no andar de cima, não queria ser questionada e nem dar explicações a Lana naquele momento. Enquanto todos lutavam para manter as coisas “normais” para o resto do mundo, o mundo de Clark desmoronava. As piores despedidas são aquelas que NÃO TIVERAM EXPLICAÇÃO. Seus olhos azuis haviam perdido o brilho, suas forças ultra humanas não lhe serviam de nada agora, um vazio em sua alma o fazia não tem vontade de falar, de agir e nem de lutar... Sua vida parecia estar se apagando, a mágica se acabou e tava faltando graça, tava sobrando espaço, tava faltando ela ali pra preencher os seus dias, sua alma, seu coração, sua vida. Um herói, era tudo que naquele momento ele não se sentia, estava disperso e precisava ouvir de novo aqueles reclamos, aquela voz alegre e ver aquelas caras e bocas que só Lois Lane sabia fazer. Não, não... Sem Lois Lane o futuro HOMEM DE AÇO não conseguiria ter razões para viver.

CONTINUA
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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Somos Como Queijo e Goiabada. Capitulo 31.

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Capitulo 31



Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina

Clark, Martha e Chloe olharam incrédulos para a pessoa à sua frente e tragaram a seco aquela visita inesperada e inusitada. Clark entrou em desespero, ao invés de ficar vermelho como das outras vezes e mais temeroso, ficou preocupado e muito curioso por interrogar aquela presença marcante e autoritária que se fazia presente depois de tanto tempo.

—General? –Fala Chloe embasbacada.

—Onde está Lois? –Questiona Clark olhando para os lados buscando-a em algum lugar daquele terreno.

—Que brincadeira é essa, jovem Kent? Lois esta aqui!

—Calma! –Fala Martha tentando amenizar o clima tenso.

—Não! Não! A Lois foi embora com a Lucy porque o senhor estava “muito doente”, ao menos, foi isso que a Lucy disse a ela e ao Clark. –Fala a prima revoltada e ao mesmo tempo confusa.

—Deve haver uma explicação para tudo isso. Rs. Não  é possível! –Martha fica pasma e preocupada.

O general com seu semblante impetuoso adentra sem pedir licença na casa e ao chegar ao pé da escada que dá acesso ao andar de cima da casa, ele grita por Lois. Mas seus ouvidos não escutam os resmungos da filha e nem seus passos firmes e apressados. Nesse momento Sam Lane perde o seu chão e fica abatido tentando encontrar uma explicação para o que estava acontecendo.

—Onde está Lois? –Pergunta Clark novamente impaciente.

—Como diabos posso saber? Há meses não a vejo, desde aquela briga que nunca mais nos falamos ou você esqueceu isso, Kent?! Você tirou a minha filha de mim! Você é o culpado por tudo o que esta acontecendo agora.

—Não! O senhor é o culpado! Não coloque nas costas dos outros, a sua falta de amor e de atenção para com suas filhas, General. Não culpe o Clark pela sua incapacidade de se doar, de superar a morte da sua esposa e de demonstrar afeto pelo próximo. –Diz uma Chloe enfadada.

—Eu vou ligar para o celular de Lois. –Martha vai até o móvel que esta o telefone e disca os números de Lane.

—Há poucos dias Lucy veio me procurar, me disse que precisava de uma quantia exuberante de dinheiro. Eu me neguei a dar o dinheiro e nós brigamos. Depois desse episodio ela desapareceu, mas antes de ir embora ela me disse coisas horríveis.

—Ela estava enrolada com gente da pesada. Não era de se esperar menos depois de tudo o que ela aprontou. –Nesse momento o general fez cara de que não entendia o que Chloe estava dizendo e realmente ele não sabia dos rolos de Lucy, uma vez que Lois sempre ocultou do pai as trapaças da irmã.

—Mas o que Lois tem haver com isso? –Pergunta Clark indignado e o General estica seus olhos em direção à loira de cabelos curtos, prostrada à frente dos dois homens bestificados com tanta informação.

—Não sei! Talvez a Lucy ache que estando com a Lois, o General poderá ceder o dinheiro a ela. Afinal, se for mesmo o que estamos pensando, se ela não pagar a divida com os mafiosos, ela esta marcada pra morrer e talvez a Lois também.

—Eu vou encontrá-las! –Diz um Clark alvoroçado, só de pensar na possibilidade de Lois não estar mais entre eles, de nunca mais vê-la, ele surta.

—Como pretende encontrá-las, rapaz? Você não encontra nem o seu umbigo nesse seu corpo de quase 2 metros de altura! –Fala o General nervoso e altivo.

O telefone toca e Martha que havia desistido na ligação para Lois atende, sob os olhos ansiosos e esperançosos de Chloe, Clark e Sam Lane...

—Oh Meu Deus! –Exclama Martha, elevando as mãos à boca, deixando cair o telefone das mãos.

—Alô? –Clark corre e pega o telefone, mas só chega a tempo de escutar o “Tum Tum” insistente de que caiu a ligação ou desligaram.

Em algum lugar o coração de Lois palpitava forte, parecia que ia sair de dentro do seu corpo. Estava lavada de suor, com o olhar perdido e triste. Aquela sensação de impotência a estava matando e cada vez que lembrava de Chloe e Clark uma lágrima escapava do seu rosto, estava tudo tão difícil, tão escuro e tão frio. Mas ela tinha que seguir em frente e lutar, embora as vezes achasse que já não valesse a pena viver, estar em um mundo tão calculista e egocêntrico onde sentimentos não valem à pena...



CONTINUA
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