Capitulo 25
As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
Fernando Pessoa
Enquanto
esperavam aflitos Lois voltar a sua consciência, um barulho estrondoso lhes
tirou a atenção, sentiram o chão estremecer. Clark encarou Oliver e Chloe e
desapareceu a fim de evitar uma catástrofe. Ele passara tanto tempo ali
preocupado e grudado em Lois, que se esqueceu da bomba que havia na represa. A
água formou uma enorme onda de vários metros de altura e ele conseguiu congelar
a água, evitando que ela se espalhasse e acabasse atingindo a cidade e
destruindo as plantações de milho.
–Au! –Pigarreou
Lois voltando a si, levando uma das mãos à sua cabeça que parecia ter sido
pisoteada por um elefante.
–Oh, graças a Deus, você esta bem. –Respondeu aliviada a prima, abraçando-a em seguida.
–Que belo
susto, depois dessa temos de ir comemorar as 7 vidas que temos, Lois. O que
acha? Rs.
–Fechado. Depois de tantas emoções meu rim pede um
pouco de exagero alcoólico. Rs.
–Ei, nada disso. A senhorita vai descansar e você
Oliver não atiça a minha prima a essa sua vida mundana. Haha. –Diz brincalhona e cuidadosa.
–Será que vocês podem parar com essa conversa de “mãe
cuidadosa” e “o levado da breca” e ir para casa? –Fala fazendo careta por conta da dor de cabeça.
Os
três foram para o carro, não sem antes verem a água congelada. Lois ficou
completamente intrigada e questionou os amigos a respeito daquele feito. Chloe
ficou sem saber o que dizer assim como Oliver. Para acabar de completar, Clark
apareceu como num piscar de olhos no carro...
–Smallville?
–Estranha a presença dele ali,
pensando em se tratar de um delírio ela fecha e abre os olhos de novo para ver
se não esta alucinando.
–Mas como... ? –Fica boquiaberta e franzindo os olhos como se a pergunta tivesse sido completa.
–Er.... o
Clark veio comigo te procurar, Lois. –Verbaliza
a aspirante a repórter tentando salvar a pele do melhor amigo.
–Hahahahahaha.
O Smallville não salva nem as bermudas do Snoopy dele do Shelby, imagina uma
pessoa de um assassino que é um afetado pela chuva meteoros?!
–Lois? –Chama Clark se sentindo agravado.
–Hey,
chegamos! –Avisa Chloe no intuito de
acalmar os ânimos e evitar uma longa discussão entre os dois.
–Será que
eu posso usar o telefone? –Questiona
Oliver que até então estava tentando se manter por fora daquele rolo.
–Claro.
Vamos entrar! –Responde
um Clark amistoso e abrindo a porta para dar passagem a todos entrarem.
Martha
Kent surgiu no cômodo da casa admirada com os jovens imundos e com ar de afobação.
A mulher examinou Lois cuidadosamente e em seguida Oliver...
–Oh, céus!
Por onde andaram? Vou cuidar desse ferimento. –Disse com seu instinto maternal a Oliver.
–Não
precisa se incomodar, meu motorista está vindo me buscar. Muito Obrigado!
–Não, não.
Espere só um minuto! –Sai em
busca da maleta de primeiros socorros.
–Bem vindo
ao mundo dos Kent! –Disse Lois
marota e ele apenas sorriu acanhado.
Depois
de cuidar de Oliver, Lois tomou um banho e em seguida Clark fez o mesmo. A
senhora Kent os chama para jantar e eles conversam sobre o acontecido na
represa. Lois demonstra estar curiosa com o “afetado” e, por conseguinte com
quem a salvou, já que não foi nenhum dos que estavam ali presente. Ao
terminarem, Chloe ajuda a retirar a mesa, Lois lava a louça e a senhora Kent
seca e guarda, enquanto que os homens ficam sentados se conhecendo melhor e
jogando conversa fora.
–Clark, você
ainda tem aquele livro velho sobre a fundação de Pequenopolis? –Pergunta Chloe querendo chamar a atenção de Clark,
para que eles possam conversar a sós.
–Livro? Ah....
Aquele livro, tenho. Tá no celeiro, eu vou buscar.
–Preciso
dele para uma matéria... Eu vou com você.
–Vai
fugindo, mulher prendada. Rsrs. –Brinca Lois
que ainda está lavando a louça.
–Sei que
vai morrer de saudades, Amélia. –Todos caem
na gargalhada.
NO CELEIRO
–Clark, o
que vai fazer? Como vai explicar a minha prima sobre a represa?
–Não sei!
–Clark, eu
conheço Lois e ela não vai descansar enquanto não encontrar você!
–Talvez
seja melhor ela saber de uma vez por todas.
–Fala inseguro.
–O que? Vai
colocá-la em perigo, além disso, Lois é muito tagarela. Quem garante que ela não
vai acabar soltando sem querer o seu segredo?
–Não estou
reconhecendo você, Chloe. –Reprochando a
amiga.
–Hey, o que
vocês tanto fuxicam? Oliver e eu vamos embora. Queria saber se você vai
conosco, Chloe?
–É, não.
Obrigada, prima. –Responde um tanto sem jeito.
–Tudo bem. Valeu,
Smallville.
–Para onde
vai? –Pergunta um Clark enciumado e ao
mesmo tempo decidido a colocar os pingos nos “is”.
–Vou ficar
no apartamento do Oliver enquanto não arrumo um lugar para ficar.
–Lois... –é interrompido por Chloe.
–Clark?!
–Lois eu
preciso falar com você. É importante! –Diz com um olhar compenetrado nela e que Lois conhece bem.
–Não sei o
que é, mas espero que seja mesmo relevante ou vou levar esse celeiro que você gosta
tanto abaixo, Smallville. –Num tom
burlão, ela sorri e mordisca o lábio inferior.
–Ui, vou
deixar vocês a sós. –Diz insatisfeita
com aquela situação, se sentindo rejeitada e trocada por Clark.
–Então,
qual a novidade das galinhas, caipira? –Pergunta franzindo os olhos e com ar de riso.
–Lois,
sobre hoje à tarde... –Lois fica
esperando ele falar, mas ela sabe que Clark é muito enrolado, principalmente
quando se trata de conversar sobre relacionamentos e coisas importantes.
–farmboy, não
se preocupa, eu sei que a sua força não é tão grande assim a ponto de você me
tirar de um mundaréu de água daquele. –Afirma se aproximando e dando um soquinho no ombro dele, o mal estar
entre os dois pouco a pouco estava se desfazendo, no fundo ela queria muito
acabar com tudo aquilo, queria-o por perto.
–Lois
eu.... eu... eu sou o seu salvador. Fui eu quem te tirou da água, fui eu quem
congelou a água para a represa não acabar com a cidade. –Falou descontrolado e com gana de se livrar logo
daquele peso, era ruim demais esconder dela parte de si e era ruim demais ter
que mentir. Seu coração disparou nessa hora e ao contrário do que esperava,
Lois reagiu.
CONTINUA